Morreu Mama Sarah, a avó de Barack Obama
O ex-presidente dos EUA publicou nas redes sociais um elogio à avó, Sarah Ogwel Onyango Obama, que morreu aos 99 anos.
O anúncio foi feito nas redes sociais pelo ex-presidente dos EUA, Barack Obama. Morreu a sua avó, a Mama Sarah, uma mulher que criou oito filhos, numa aldeia nas margens do Lago Vitória, no Quénia, e que foi como uma mãe para o seu pai, aquele que acabaria por ganhar uma bolsa de estudos e ir estudar para uma universidade americana.
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O anúncio foi feito nas redes sociais pelo ex-presidente dos EUA, Barack Obama. Morreu a sua avó, a Mama Sarah, uma mulher que criou oito filhos, numa aldeia nas margens do Lago Vitória, no Quénia, e que foi como uma mãe para o seu pai, aquele que acabaria por ganhar uma bolsa de estudos e ir estudar para uma universidade americana.
Obama publica um texto, ao lado de uma fotografia onde se encontra Sarah Ogwel Onyango Obama com o neto, ainda jovem. O ex-governante confessa que ele e a família estão de luto pela perda da avó, conhecida como Mama Sarah, que morreu aos 99 anos, na madrugada desta segunda-feira, num hospital queniano. “Nascida no primeiro quarto do século passado, na província de Nyanza, nas margens do Lago Vitória [no Quénia], ela não teve educação formal e, conforme os costumes de sua tribo, foi casada com um homem muito mais velho quando era apenas uma adolescente. Passaria o resto de sua vida no minúsculo vilarejo de Alego, numa pequena casa construída com tijolos de barro e palha, sem electricidade ou água canalizada. Ali, criou oito filhos, cuidou das suas cabras e galinhas, cultivou uma variedade de produtos agrícolas e levou o que a família não consumia para vender no mercado local ao ar livre”, descreve.
Embora não fosse mãe biológica do pai de Obama, uma vez que foi a segunda mulher do avô do político norte-americano, era “uma força constante e estável” para os seus descendentes, e era na sua casa que, filhos e netos, encontravam “refúgio”. Obama conta que a conheceu já depois de o seu pai ter morrido, da primeira vez que viajou para o Quénia, em 1988, para conhecer melhor a sua herança familiar e cultural. “Foi a avozinha quem serviu de ponte para o passado, e foram as suas histórias que ajudaram a preencher um vazio no meu coração”, escreve.
Ao longo da sua vida, Sarah “testemunhou mudanças históricas”, um pouco por todo o mundo, das guerras mundiais à ida do homem à lua e ao advento da era da informática, descreve Barack Obama. “Viveria para voar de avião, receber visitantes de todo o mundo e ver um dos seus netos ser eleito para a presidência dos Estados Unidos. E, no entanto, seu espírito essencial — forte, orgulhoso, trabalhador, não impressionado com as marcas convencionais de status e cheio de bom senso e bom humor nunca mudou”, termina. Quer o presidente queniano como o líder da oposição do país já deram as condolências à família de Sarah Obama.