Fase principal do leilão do 5G atinge 268 milhões ao 53.º dia de licitações
Receita para o Estado já vai nos 352 milhões de euros, somando a licitação principal e a fase inicial, reservada a novas empresas.
As propostas do leilão 5G fixaram-se esta segunda-feira nos 267,8 milhões de euros, no 53.º dia de licitação principal, num total de “seis rondas”, de acordo com a Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom).
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As propostas do leilão 5G fixaram-se esta segunda-feira nos 267,8 milhões de euros, no 53.º dia de licitação principal, num total de “seis rondas”, de acordo com a Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom).
Se o leilão, que arrancou há mais de dois meses (14 de Janeiro), tivesse terminado hoje, segunda-feira, 29 de Março, o Estado teria um encaixe de mais de 352 milhões de euros, mais de 100 milhões de euros acima do valor indicativo, que era de 237,9 milhões de euros.
O encaixe inclui a soma da licitação dos entrantes, que foi de 84,3 milhões de euros.
Não existe informação oficial de quem licitou, nem data para o final do leilão, mas estava previsto que a atribuição das licenças 5G (quinta geração) decorresse até final do mês, ou seja, até quarta-feira.
O montante final encaixado com o leilão depende dos lotes que forem atribuídos durante o processo e se são adquiridos pelo preço de reserva.
Na sexta-feira, as propostas totalizaram os 266,7 milhões de euros.
A faixa 3,6 GHz, com 40 lotes, é a única que tem registado alterações, tendo somado hoje 113,2 milhões de euros, o que compara com 112,1 milhões de euros na sessão anterior.
A licitação principal inclui os operadores Altice Portugal (Meo), Nos, Vodafone Portugal e também a Dense Air, e visa a atribuição de direitos de utilização de frequências nas faixas dos 700 MHz, 900 MHz, 2,1 GHz, 2,6 GHz e 3,6 GHz, depois de uma primeira fase exclusiva para novos entrantes.
Desde o quarto dia de licitação, apenas um lote da faixa libertada da TDT (700 MHz) - que tem seis lotes - continua sem qualquer oferta e é o único de todo o leilão.
Assim, na faixa de 700 MHz, o preço de licitação mantém-se nos 19,2 milhões de euros. Ao todo, as ofertas totalizam 96 milhões de euros.
Também na faixa 900 MHz, os quatro lotes disponíveis continuam sem apresentar qualquer alteração ao preço de reserva, com a oferta dos operadores a manter-se nos 24 milhões de euros.
A faixa de 2,1 GHz, que era até 18 de Janeiro a que tinha apresentado maior interesse, com a oferta a atingir os 10,405 milhões euros (preço base era de dois milhões de euros), subiu no sétimo dia para 10,616 milhões de euros, valor que se mantém até hoje.
Na faixa 2,6 GHz, cujos três lotes totalizaram 23,7 milhões de euros desde 16 de Fevereiro até 03 de Março, manteve-se hoje o valor da licitação anterior, de 23,9 milhões de euros.
Em fase anterior, tinha decorrido a licitação para os novos entrantes, durante oito dias, que resultou num encaixe de 84,3 milhões de euros no último dia (11 de Janeiro).
Os novos entrantes podem beneficiar de ‘roaming’ nacional no acesso às redes dos operadores já instalados, independentemente da qualidade de espectro que adquiram, de acordo com as condições do leilão.
O processo tem sido bastante contestado pelas operadoras históricas, envolvendo processos judiciais, providências cautelares e queixas a Bruxelas, considerando que o regulamento tem medidas “ilegais” e “discriminatórias”, o que incentiva ao desinvestimento.