Escolas permanecem fechadas em 26 países

Unesco tem um mapa online que permite ter uma noção do impacto da pandemia nas escolas em todo o mundo.

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A pandemia teve um impacto brutal nos sistemas de ensino de todo o mundo Nelson Garrido

Até ao final desta semana o cenário na Europa era este, de acordo com os dados actualizados regularmente pela Unesco: escolas abertas em países como o Reino Unido, Áustria, Espanha, Bélgica, França; fechadas na Hungria e na Estónia; e apenas “parcialmente abertas” (ou seja, a funcionar só para alguns graus de ensino ou em certas regiões ou ainda num sistema misto de ensino presencial e à distância), na maioria dos países europeus. É o caso de Portugal, Itália, Irlanda, Alemanha, República Checa, Suécia, Noruega.

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Até ao final desta semana o cenário na Europa era este, de acordo com os dados actualizados regularmente pela Unesco: escolas abertas em países como o Reino Unido, Áustria, Espanha, Bélgica, França; fechadas na Hungria e na Estónia; e apenas “parcialmente abertas” (ou seja, a funcionar só para alguns graus de ensino ou em certas regiões ou ainda num sistema misto de ensino presencial e à distância), na maioria dos países europeus. É o caso de Portugal, Itália, Irlanda, Alemanha, República Checa, Suécia, Noruega.

O mapa da Unesco do impacto da pandemia nas escolas mostra que há 26 países do mundo onde todos os estabelecimentos de ensino estão fechados. E muitos outros, como Portugal, com estabelecimentos parcialmente abertos e onde muitas crianças e jovens se mantêm apenas a aprender à distância.

Aumentar

No início do mês, a ONG Save the Children fazia as contas: a pandemia declarada em Março do ano passado retirou, no pico do fecho das escolas, 91% dos alunos das salas de aula de todo o mundo. E depois da abertura pouco ou nada voltou ao normal. Em Inglaterra, por exemplo, dados relativos ao primeiro confinamento revelaram que os alunos do Year 2 (seis a sete anos de idade) tinham dois meses de atraso na aquisição de competências relativamente aos alunos de anos anteriores; no caso dos alunos desfavorecidos este atraso é de sete meses, como se recorda no estudo Aprendizagens perdidas devido à pandemia: uma proposta de recuperação, de um grupo de economistas da Nova School of Business and Economics (Nova SBE), divulgado na sexta-feira.   

De acordo com a mesma fonte, nos Países Baixos, que tem o “melhor acesso a Internet de banda larga do mundo”, e onde existiram apenas oito semanas de encerramento de escolas em 2020, “verificou-se uma perda de conhecimentos equivalente a um quinto do ano lectivo”. Esta perda aumenta em 60% no caso de alunos cujos pais tenham níveis de educação baixos. Já nos Estados Unidos, concluiu-se que os alunos do 2.º e 3.º ano tinham capacidade de leitura oral 30% inferior às dos seus colegas em anos anteriores.

A Save the Children estima que até agora as crianças perderam em média 74 dias de aprendizagem escolar devido ao fecho de escolas e à impossibilidade de acederem devidamente ao ensino remoto. Nos países mais pobres este número é muito maior, na América Latina e Caribe ultrapassa os 110 dias.