“As pessoas ocuparam. Iam ficar a dormir na rua.” Famílias vão a tribunal por ocupações ilegais em Almada
Eulália, Emília e Vanessa não tinham como pagar uma renda no mercado de arrendamento tradicional e ocuparam casas fechadas em prédios da Câmara de Almada. Município avançou com queixa-crime por arrombamento e ocupação abusiva de habitações na freguesia do Laranjeiro, que diz retirar se as pessoas desocuparem as casas. Julgamento começa no dia 9 de Abril.
A casa onde Maria Emília Figueiredo vivia não podia bem ser considerada uma casa. Era antes uma espécie de “barraca” onde chovia na cama em que os filhos dormiam. A família ia tapando os buracos como podia e assim viveram mais de 20 anos. “Eu tanto lutei para a senhoria me arranjar a fachada de trás da casa porque se entranhava água lá dentro e estragava-me as coisas todas”, recorda Emília. Como a senhoria não acedeu aos pedidos, deixou de pagar a renda. Depois, chegou a acção de despejo.
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A casa onde Maria Emília Figueiredo vivia não podia bem ser considerada uma casa. Era antes uma espécie de “barraca” onde chovia na cama em que os filhos dormiam. A família ia tapando os buracos como podia e assim viveram mais de 20 anos. “Eu tanto lutei para a senhoria me arranjar a fachada de trás da casa porque se entranhava água lá dentro e estragava-me as coisas todas”, recorda Emília. Como a senhoria não acedeu aos pedidos, deixou de pagar a renda. Depois, chegou a acção de despejo.