A estilista norte-americana Tory Burch foi esta semana atacada por vender camisolas poveiras, sem atribuição de origem, a um preço cerca de nove a dez vezes superior do que o que se pratica, para as mais caras, na Póvoa de Varzim. A artesã Desidéria Sousa considera o valor exagerado, mas sente que o trabalho que ela e outras mulheres desenvolvem deveria ser mais valorizado pois, descontado o preço da lã, em venda directa ela pode ganhar 50 euros por uma peça que lhe demora umas 50 horas a tricotar e bordar. Como diria um antigo primeiro-ministro, é fazer as contas, para se perceber o pouco que isso é.
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A estilista norte-americana Tory Burch foi esta semana atacada por vender camisolas poveiras, sem atribuição de origem, a um preço cerca de nove a dez vezes superior do que o que se pratica, para as mais caras, na Póvoa de Varzim. A artesã Desidéria Sousa considera o valor exagerado, mas sente que o trabalho que ela e outras mulheres desenvolvem deveria ser mais valorizado pois, descontado o preço da lã, em venda directa ela pode ganhar 50 euros por uma peça que lhe demora umas 50 horas a tricotar e bordar. Como diria um antigo primeiro-ministro, é fazer as contas, para se perceber o pouco que isso é.