Nem todos os professores e funcionários receberam a mensagem de vacinação. Mais contactos depois da Páscoa
Entre os professores e funcionários do pré-escolar e 1.º ciclo, há quem não tenha recebido a mensagem para a vacinação deste fim-de-semana, mas “isso já estava previsto”, avisam as associações. Como tal, decorre também um processo de listagem de quem ficou de fora, para que possam ser vacinados no futuro. Depois da Páscoa serão feitos novos contactos.
Do grupo de professores e funcionários do pré-escolar e 1.º ciclo a ser vacinado neste fim-de-semana, nem todos foram contactados até quinta-feira - como estava previsto. As mensagens escritas por telemóvel (SMS), a convocar o pessoal escolar do ensino público e privado para a vacinação contra a covid-19, estavam inicialmente previstas para quarta-feira mas só começaram a ser enviadas na madrugada de quinta-feira.
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Do grupo de professores e funcionários do pré-escolar e 1.º ciclo a ser vacinado neste fim-de-semana, nem todos foram contactados até quinta-feira - como estava previsto. As mensagens escritas por telemóvel (SMS), a convocar o pessoal escolar do ensino público e privado para a vacinação contra a covid-19, estavam inicialmente previstas para quarta-feira mas só começaram a ser enviadas na madrugada de quinta-feira.
No Agrupamento de Escolas Camilo Castelo Branco, em Famalicão, o processo de monitorização deu conta de alguns “casos residuais” de professores e funcionários do pré-escolar e 1.º ciclo que ainda não receberam a mensagem para a vacinação, confirma ao PÚBLICO o director, Carlos Teixeira. “A grande maioria das pessoas recebeu”, garante. Por ainda estarem a recolher os formulários enviados para os professores e funcionários, não conseguem precisar ao certo quantas pessoas não foram contactadas.
Sobre a questão, fonte da task force para a vacinação contra a covid-19, esclareceu ao PÚBLICO, por escrito, que “com os dados disponíveis até ao momento, o processo está a decorrer com uma elevada taxa de sucesso, com a grande maioria de respostas positivas aos SMS”. Os contactos de convocatória e agendamento terão sido iniciados “a 24 de Março, através de SMS pelo número 2424, e complementarmente, sempre que necessário, através de contacto telefónico”. Relativamente ao próximo fim-de-semana de vacinação, de 10 a 11 de Abril, a task force avançou que serão feitos os contactos para agendamento “após o fim-de-semana da Páscoa”.
Associações garantem que os contactos seguem com normalidade, apesar das falhas
O presidente da Associação Nacional de Directores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), Filinto Lima, afirma que o contacto dos professores e funcionários do pré-escolar e do 1.º ciclo para a vacinação “está a correr conforme previsto” e “com toda a regularidade”. Os profissionais “estão a receber as mensagens desde a madrugada de ontem”, sustenta.
Depois de responderem ao SMS que propõe o dia e hora de vacinação, com sim ou não, os professores e funcionários deverão receber de imediato outra mensagem a indicar o local. “O grosso dos professores e pessoal não docente está a responder afirmativamente à presença”, adianta Filinto Lima, ressalvando que “a vacina é uma opção”.
No entanto, é possível que existam falhas nos contactos. “São dezenas de milhares de professores e funcionários que neste fim-de-semana vão ser vacinados. São 80 mil. Poderá haver falhas, com certeza, que são reportadas ao director da escola e ele comunica à delegação regional de Educação para que os professores ainda possam ser vacinados”, explica, reforçando que quem não recebeu a SMS deverá reportar a situação. E ressalva: "isso [as falhas] já estava previsto na informação que nos foi enviada pela Direcção-Geral da Saúde e pelo Ministério da Educação”.
Manuel Pereira, presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares (ANDE), confirma o mesmo cenário: “Tenho falado com vários directores, ainda nem toda gente que era suposto recebeu a mensagem. Há agrupamentos onde praticamente foram chamados todos, e há outros onde não”. Também Manuel Pereira relativiza o problema como despreocupante, já que “está previsto o processo de vacinação durante as próximas duas semanas”.
“Isso passa pela task force e pelo Ministério da Saúde e não passa directamente pelo Ministério da Educação. Passa-nos ao lado, nós não sabemos muito sobre isso”, explica, acrescentando que as listas (já existentes) são entregues pelo Ministério da Educação ao Ministério da Saúde, que por sua vez faz o convite para a vacinação.
Como tal, optaram por fazer um “levantamento dos que foram vacinados do grupo que estava previsto, daqueles que não foram chamados, e dos que foram mas não podem ser vacinados por razões de doença ou outras”. Deverão, de seguida, reportar o balanço à Direcção-Geral da Saúde. “Provavelmente alguns não foram chamados porque ainda não era tempo, mas serão chamados nas semanas seguintes”, reassegura.
A meta traçada é de vacinar perto de 280 mil docentes e não docentes do público e do privado, começando já neste fim-de-semana (de 27 e 28 de Março) e continuando no fim-de-semana a seguir à Páscoa (de 10 e 11 de Abril). Na primeira data, apenas o primeiro grupo, de 78.700 docentes e não docentes do pré-escolar e 1.º ciclo será vacinado. Consoante o desenrolar do processo, serão vacinados mais profissionais deste sector nos fins-de-semana subsequentes.