Covid-19: alunos são quem mais perde se desconfinamento não for avante, diz o ministro da Educação

Tiago Brandão Rodrigues, ministro da Educação, contou que “quem mais tem a perder, se as coisas não correrem como se deseja, são as crianças e os jovens”.

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O primeiro-ministro, António Costa (à esquerda), acompanhado pelo ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues (à direita), durante a inauguração da Escola Básica do Parque das Nações LUSA/ANTÓNIO PEDRO SANTOS

O ministro da Educação considerou esta sexta-feira “crucial” o sucesso do processo de desconfinamento, avisou que nada está ganho na contenção da covid-19 e defendeu que os alunos serão quem mais perde se a situação se complicar.

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O ministro da Educação considerou esta sexta-feira “crucial” o sucesso do processo de desconfinamento, avisou que nada está ganho na contenção da covid-19 e defendeu que os alunos serão quem mais perde se a situação se complicar.

Estas advertências foram transmitidas por Tiago Brandão Rodrigues na inauguração das obras de ampliação aos 2.º e 3.º ciclos da Escola Básica do Parque das Nações, cerimónia que teve a presença do primeiro-ministro, António Costa, e do presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina.

No seu breve discurso, o ministro da Educação começou por recordar os tempos em que foi estudante da Universidade de Coimbra e em que esteve na Expo 98 como voluntário, numa altura em que o Parque das Nações estava em lançamento e não tinha ainda infra-estruturas escolares ou de saúde.

“Hoje, fecha-se aqui uma sequência de instalações escolares. Deixa-se um legado para todas as gerações futuras que por aqui passarão”, disse, antes de se referir à actual situação epidemiológica do país. “Estamos num momento crucial com o encerramento do segundo período escolar, já com actividades lectivas nos jardins-de-infância e no 1.º ciclo. Quero dizer algo sobre este processo de desconfinamento: o país passa por um período complexo e nada está ganho”, declarou.

Tiago Brandão Rodrigues contou, em seguida, que tem falado com professores e autarcas e que todos sabem que “quem mais tem a perder, se as coisas não correrem como se deseja, são as crianças e os jovens”. “Temos de fazer com que o desconfinamento possa acontecer como todos desejamos, tendo em vista abrir o terceiro período escolar como queremos, com o 2.º e 3.º ciclos, e depois possamos abrir com os ensinos secundário e superior”, apontou.

Antes, o presidente da Câmara de Lisboa afirmou que a expansão daquela escola básica “encerra o compromisso do Estado com a cidade no que ao Parque das Nações diz respeito”.

“Esta inauguração culmina um caminho de atrasos, insuficiências e dificuldades em responder durante 20 anos às necessidades do Parque das Nações, designadamente em matéria de infra-estruturas que estavam projectadas. É justo uma palavra de agradecimento e de reconhecimento ao Governo pelo trabalho notável que desempenhou nos últimos anos no sentido de saldar todas as questões pendentes. Esta é no fundo a última da responsabilidade da administração central”, advogou Fernando Medina.

Ou seja, segundo o presidente da Câmara de Lisboa, “fecha-se agora o ciclo de infra-estruturas necessárias ao Parque das Nações”. “Na próxima semana, será aberto o concurso do centro de saúde do Parque das Nações. Ainda antes do verão, abrirá o concurso da nova escola básica projectada pelo saudoso arquitecto Manuel Graça Dias na zona norte do Parque das Nações”, acrescentou.