António Costa afirma que défice resulta dos apoios às famílias, empresas e investimento
Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), as administrações públicas registaram um défice de 5,7% do PIB em 2020, regressando a terreno negativo após o excedente de 2019.
O primeiro-ministro considerou esta sexta-feira que o défice de 5,7% em 2020, um dos maiores dos últimos anos, resultou das medidas de apoio às famílias, às empresas e de aumento do investimento público em conjuntura de epidemia.
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O primeiro-ministro considerou esta sexta-feira que o défice de 5,7% em 2020, um dos maiores dos últimos anos, resultou das medidas de apoio às famílias, às empresas e de aumento do investimento público em conjuntura de epidemia.
Esta alusão às consequências da epidemia de covid-19 foi feita por António Costa na inauguração das obras de ampliação aos 2º e 3º ciclos da Escola Básica do Parque das Nações, cerimónia que teve a presença do presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, e do ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues.
Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), as administrações públicas registaram um défice de 5,7% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020, em contabilidade nacional, correspondente a 11.501,1 milhões de euros, regressando a terreno negativo após o excedente de 2019.
No seu discurso, António Costa disse que, nos últimos seis anos, houve “um esforço grande para se colocar as contas públicas em ordem” e o país “chegou a 2019 com o primeiro excedente orçamental”.
“Mas fizemos isso sem sacrificar o aumento do investimento público, que subiu 64% desde 2015. No ano passado, este ciclo de consolidação das finanças públicas foi interrompido, com Portugal a registar um dos maiores défices do período democrático perante a tragédia da pandemia”, disse.
De acordo com o primeiro-ministro, este défice de 5,7% no ano passado, “explica-se essencialmente pelo grande esforço que houve necessidade de fazer para apoiar empresas, emprego, rendimento das famílias, mas também para relançar o investimento público, designadamente na educação”.
“Temos de compreender que, nestes momentos de crise e de dificuldade, é mesmo altura de apostar em fazer aquilo que há muito está por fazer. Fazê-lo de uma vez por todas a não às pinguinhas”, defendeu.
Na sua intervenção, António Costa referiu que esta era a terceira inauguração de escolas em que participa no Parque das Nações, tendo a primeira acontecido quando era secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares de um executivo de António Guterres e a segunda enquanto presidente da Câmara de Lisboa. Depois, observou que esta tarde, no Monte da Caparica, no concelho de Almada, vai inaugurar mais uma escola.
“A aposta no reforço do investimento público não é algo em abstracto, não são números no ar, mas projectos concretos e obra que está a ser concretizada”, sustentou, antes de reforçar a ideia sobre as virtudes do aumento do investimento público em conjuntura de crise económica.
“Reforçar o investimento público significa reforçar o investimento no nosso futuro. Esta escola agora inaugurada é para várias gerações de meninos, visando que tenham melhores condições de aprendizagem em boas instalações, designadamente com equipamentos desportivos e salas de laboratório”, acrescentou.
A segunda fase das obras da Escola Básica do Parque das Nações, da responsabilidade da Parque Escolar, incluiu a construção de um edifício de três pisos para a instalação de 23 salas de aula para os 2º e 3º ciclos - um investimento na ordem dos oito milhões de euros.
“Temos de compreender que, nestes momentos de crise e de dificuldade, é mesmo altura de apostar em fazer aquilo que há muito está por fazer. Fazê-lo de uma vez por todas a não às pinguinhas”, defendeu.