Ai Macau, se fosses só um brasão em buxo é que te davam atenção
O que se passa em Macau não é uma daquelas controvérsias coreografadas sobre o politicamente correto, é uma ameaça real à liberdade de expressão que, porém, não atrai nenhuma atenção de tão estrénuos defensores da liberdade de expressão.
Há esta coisa notável: ainda há semanas o país parou para discutir (de novo) os brasões em buxo que não faziam parte do projeto original da Praça do Império mas que alguns entendem ter um intocável valor por incluírem emblemas das ex-colónias de Portugal; por essa altura, alguns desses mesmos deram uma importância transcendental ao facto de o então recém-falecido Marcelino da Mata, um comando do exército português ativo na guerra colonial, ter sido um soldado negro do lado do império contra os movimentos de libertação.
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Há esta coisa notável: ainda há semanas o país parou para discutir (de novo) os brasões em buxo que não faziam parte do projeto original da Praça do Império mas que alguns entendem ter um intocável valor por incluírem emblemas das ex-colónias de Portugal; por essa altura, alguns desses mesmos deram uma importância transcendental ao facto de o então recém-falecido Marcelino da Mata, um comando do exército português ativo na guerra colonial, ter sido um soldado negro do lado do império contra os movimentos de libertação.