Taxa de poupança das famílias salta para 12,8% em 2020
Crescimento é explicado pela queda de 5% do consumo privado e pelo aumento da poupança bruta em cerca de 8,6 mil milhões de euros.
Num ano profundamente marcado pela pandemia de covid-19, a taxa de poupança das famílias deu um salto de 5,7 pontos percentuais em 2020, para 12,8% do rendimento disponível, o valor mais alto desde 2002, revelam os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), divulgados esta sexta-feira.
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Num ano profundamente marcado pela pandemia de covid-19, a taxa de poupança das famílias deu um salto de 5,7 pontos percentuais em 2020, para 12,8% do rendimento disponível, o valor mais alto desde 2002, revelam os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), divulgados esta sexta-feira.
A subida da taxa de poupança registada no último trimestre de 2020 compara com o valor de 11,0% observado no trimestre anterior e com os 7,1% no final de 2019.
O aumento da poupança reflecte “a variação nominal de -5,0% do consumo privado em 2020, variação negativa sem precedente na série iniciada em 1995, visto que o rendimento disponível das famílias aumentou 1,0%, reflectindo em parte as medidas de políticas públicas adoptadas no contexto da pandemia e com reflexo na redução do saldo das Administrações Públicas (AP)”, avança o INE.
A capacidade de financiamento das famílias aumentou 1,4 pontos percentuais, para 5,9% do Produto Interno Bruto (PIB), no ano acabado no quarto trimestre de 2020. Um ano antes, essa capacidade era bem mais reduzida, de 1,5% do PIB. De acordo com a mesma fonte, “esta evolução traduziu sobretudo o crescimento expressivo da poupança bruta em cerca de 8,6 mil milhões de euros (equivalente a 4,2% do PIB)”.
O INE assinala ainda que para a taxa de variação do rendimento disponível “as remunerações e as prestações sociais contribuíram em 0,4 e 0,3 pontos percentuais, respectivamente.