TAP aposta num Verão com retoma para o Brasil e EUA
Transportadora estima fazer 879 voos por semana em Agosto, envolvendo 100 rotas. A maioria são ligações a cidades europeias, mas o plano inclui também dezenas de ligações com o Brasil e os EUA, para onde não tem havido voos.
A TAP estima ter 879 voos por semana em Agosto, com a operação a envolver 100 rotas. Esta é uma aposta superior aos 588 voos e 68 rotas de Agosto do ano passado, mas conta com uma normalização das ligações para o Brasil e os EUA, o que não acontece neste momento. De acordo com o comunicado enviado esta sexta-feira pela transportadora aérea, a TAP quer “operar um total de 61 voos por semana entre Portugal e o Brasil”, a que se juntam outros 51 voos para os EUA (para Boston, Newark, Chicago, Washington, S. Francisco) e Canadá.
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A TAP estima ter 879 voos por semana em Agosto, com a operação a envolver 100 rotas. Esta é uma aposta superior aos 588 voos e 68 rotas de Agosto do ano passado, mas conta com uma normalização das ligações para o Brasil e os EUA, o que não acontece neste momento. De acordo com o comunicado enviado esta sexta-feira pela transportadora aérea, a TAP quer “operar um total de 61 voos por semana entre Portugal e o Brasil”, a que se juntam outros 51 voos para os EUA (para Boston, Newark, Chicago, Washington, S. Francisco) e Canadá.
“Ao longo dos próximos meses, a TAP vai repor gradualmente a sua operação, ainda que com uma recuperação lenta devido aos constrangimentos legais que existem actualmente à mobilidade das pessoas e ao tráfego aéreo”, afirma a empresa, acrescentando que “acompanha em permanência a evolução dinâmica da pandemia e os seus impactos operacionais” e que a operação “será ajustada sempre que as circunstâncias o exijam”.
No caso do Brasil, e também do Reino Unido, os voos vão estar suspensos pelo menos até ao final deste mês (podendo a medida ser prolongada para apenas um dos países). Já os EUA não permitem, desde o ano passado, a entrada no seu país de passageiros que tenham permanecido nos últimos 14 dias (incluindo em trânsito), num país europeu.
Olhando para o período anterior à pandemia, com 1460 voos semanais e cerca de 100 rotas no Verão de 2019, verifica-se que a TAP já tem uma estratégia em curso: assegurar o máximo de rotas possíveis, mas com menos frequências. Na estratégia estão incluídos alguns novos destinos, como é o caso de Cancún.
O destaque vai para os mercados europeus, com 555 voos semanais, a que se juntam 83 voos para destinos africanos (Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé) e 126 voos ligados a oito rotas nacionais.
No caso da Madeira, a TAP diz que vai reforçar a sua operação “nos próximos meses” e que em Agosto terá “cinco voos diários de Lisboa para o Funchal e dois voos diários entre o Porto e o Funchal”. Em relação a Porto Santo, a operação será retomada “a partir de Junho com cinco voos semanais”.
Já para os Açores, haverá 22 frequências semanais em Agosto (das quais serão 15 envolvem Ponta Delgada, 12 das quais com partida de Lisboa e três com partida do Porto). Entre Lisboa e o Porto vai haver “quatro voos diários”, número que desce para três entre Lisboa e Faro.
Na passada quarta-feira, o presidente executivo da TAP, Ramiro Sequeira, enviou uma mensagem aos trabalhadores na qual deu conta de que as projecções da empresa para o segundo trimestre “são um pouco mais optimistas” do que o cenário actual (e que foi pior do que o esperado). Assim, segundo o gestor, prevê-se que a percentagem da capacidade suspensa, face a igual período de 2019, “venha a diminuir gradualmente”, passando de menos 61% em Abril (face ao período pré-covid) para menos 58% em Maio e menos 45% em Junho.
Neste momento, a empresa está a fechar o programa de adesões voluntárias, que recebeu mais de 700 candidaturas. Ao mesmo tempo, a TAP, que recorreu ao layoff, aguarda também a resposta de Bruxelas ao pedido de injecção de 463 milhões de euros, feito pelo Governo para conceder liquidez e “dar resposta mais imediata às necessidades de tesouraria” da empresa. Depois disso, falta confirmar que a Comissão Europeia dá a necessária “luz verde” ao plano de reestruturação da transportadora aérea.