“Mãe, pai, vou ficar na Nova Zelândia. Para sempre”
A Ana era uma aluna exemplar. Com um percurso académico exímio, tinha conseguido alcançar um trabalho na sua área de estudo. A parte menos perfeita? Andava infeliz com a vida profissional mas, acima de tudo, com ela própria. Apesar de os pais não terem adorado a ideia, a Ana começou a preparar o seu gap year: vendeu o carro, foi para a Feira da Ladra e comprou um bilhete de ida para o outro lado do mundo.
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A Ana era uma aluna exemplar. Com um percurso académico exímio, tinha conseguido alcançar um trabalho na sua área de estudo. A parte menos perfeita? Andava infeliz com a vida profissional mas, acima de tudo, com ela própria. Apesar de os pais não terem adorado a ideia, a Ana começou a preparar o seu gap year: vendeu o carro, foi para a Feira da Ladra e comprou um bilhete de ida para o outro lado do mundo.
A Nova Zelândia esperava por ela e a Ana lá ficou durante 15 meses. Nos primeiros tempos fez de tudo um pouco - babysitting, viagens à boleia, trabalho em quintas de permacultura - até que chegou a Wellington e apaixonou-se pela cidade. Os planos de vida da Ana mudaram uma vez mais: era ali que ia assentar e construir uma vida.
Largou o Marketing, a sua área de estudo, em detrimento de experimentar a cozinha e candidatou-se a um visto para tentar ficar na Nova Zelândia. Por força das circunstâncias, às quais a Covid-19 não ajudou, o visto foi-lhe recusado.
Há seis meses, a Ana regressou a Portugal. Contrariada, triste, frustrada. Aqui, de volta a casa dos pais no Fundão, sentiu a pandemia pela primeira vez e teve de refazer o seu percurso de vida, longe do sítio onde finalmente se sentiu em casa.
No episódio de hoje, a Ana fala-nos abertamente dos altos e baixos desta grande viagem, sobretudo interior, da necessidade de ouvir a intuição e a jornada que tem sido quebrar preconceitos com ela própria.
Qualquer dúvida para a Ana, encontra-a no Instagram @anamelomatos.
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