Secretário de Estado adjunto e da Saúde vai ser imunizado com a vacina da AstraZeneca
O médico António Lacerda Sales vai ser vacinado esta quarta-feira no Hospital das Forças Armadas, em Lisboa.
O secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, vai ser vacinado contra a covid-19 esta quarta-feira com a primeira dose da vacina da AstraZeneca-Universidade de Oxford, adianta o Ministério da Saúde. A vacinação vai decorrer no Hospital das Forças Armadas, em Lisboa.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
O secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, vai ser vacinado contra a covid-19 esta quarta-feira com a primeira dose da vacina da AstraZeneca-Universidade de Oxford, adianta o Ministério da Saúde. A vacinação vai decorrer no Hospital das Forças Armadas, em Lisboa.
Lacerda Sales, que é médico, vai ser vacinado com o fármaco da AstraZeneca numa altura em que muitas pessoas inscritas nesta primeira fase da operação estão a colocar dúvidas aos profissionais dos centros de saúde, após a suspensão da vacina na semana passada, durante três dias, na sequência da notificação de casos de formação de coágulos sanguíneos e hemorragias. Portugal retomou a vacinação com o fármaco anglo-sueco esta segunda-feira depois de, na quinta-feira passada, a Agência Europeia do Medicamento (EMA, na sigla em inglês) ter assegurado que é “segura e eficaz” e que o benefício supera o risco.
Por enquanto, não é possível ter uma ideia precisa de quantas pessoas vão recusar ser inoculadas com a vacina da AstraZeneca em Portugal, uma vez que os centros de saúde ainda estão na fase de convocatória e de agendamento. O que se verifica é que “há muito mais pessoas a colocar dúvidas e a querer saber qual é a vacina que vão receber”, disse ao PÚBLICO o presidente da Associação Nacional das Unidades de Saúde Familiar, Diogo Urjais.
“Há muita gente com dúvidas”, corroborou Nuno Jacinto, presidente da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar. “É necessário explicar às pessoas o que está em causa”, acrescentou o médico que defende que quem recusa não deve ir para o fim da lista. "Vamos penalizar os utentes com dúvidas? Podemos registar como recusa mas dar a possibilidade de reconsiderarem mais tarde”, argumenta.
Não é possível também perceber se haverá muitas recusas no grupo dos perto de 80 mil docentes e não docentes do ensino pré-escolar e do primeiro ciclo, que vão ser inoculados com a primeira dose da vacina da AstraZeneca no próximo fim-de-semana, uma vez que as convocatórias só vão ser ser enviadas, maioritariamente por SMS, esta quarta-feira.
Um dia após a comunicação da EMA, na sexta-feira passada, o primeiro-ministro britânico Boris Johnson quis dar o exemplo e foi inoculado com a vacina da AstraZeneca. “Não senti literalmente nada”, declarou o líder dos conservadores, de 56 anos, que foi vacinado no St. Thomas’ Hospital, em Londres, onde passou três dias internado nos cuidados intensivos com covid-19 em Abril do ano passado.