Obra de Basquiat comprada em Hong Kong por 34,8 milhões de euros

Warrior, de 1982, vendido esta terça-feira pela Christie’s, foi a obra de arte ocidental a atingir um valor mais alto num leilão realizado na Ásia.

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A tela Warrior (Guerreiro), criada em 1982 pelo artista nova-iorquino Jean-Michel Basquiat (1960-1988), tornou-se esta terça-feira a obra de arte ocidental a atingir um preço mais alto num leilão realizado na Ásia, tendo sido vendida pela Christie’s em Hong Kong por 280 milhões de dólares locais (30,3 milhões de euros), que ascendem a 323 milhões (34,8 milhões de euros) se forem incluídas as taxas devidas.

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A tela Warrior (Guerreiro), criada em 1982 pelo artista nova-iorquino Jean-Michel Basquiat (1960-1988), tornou-se esta terça-feira a obra de arte ocidental a atingir um preço mais alto num leilão realizado na Ásia, tendo sido vendida pela Christie’s em Hong Kong por 280 milhões de dólares locais (30,3 milhões de euros), que ascendem a 323 milhões (34,8 milhões de euros) se forem incluídas as taxas devidas.

O preço até nem surpreendeu, uma vez que os 280 milhões de dólares de Hong Kong oferecidos correspondem exactamente à média entre o valor mais baixo (240 milhões) e o mais alto (320 milhões) da estimativa apresentada pela leiloeira.

E se bateu o recorde para uma obra ocidental vendida na Ásia, convém precisar que, neste tempo de interacções digitais impostas pela pandemia, as noções de localização geográfica perdem alguma pertinência. Warrior foi efectivamente vendido em dólares de Hong Kong a um comprador que licitou pelo telefone a um funcionário da leiloeira que o atendeu no território, mas o leiloeiro, Jussi Pylkkänen, estava em Londres, onde decorria o leilão 20th Century Art Evening Sale, que a tela de Basquiat integrou enquanto lote isolado.

O vendedor de Warrior é um coleccionador americano que comprou a obra em 2012 na Sotheby’s, em Londres, por 5,5 milhões de dólares, taxas já incluídas, o que mostra bem a valorização do artista nos últimos anos. 

O guerreiro que brande uma espada na tela de Basquiat é considerado semi-autobiográfico e corresponde ao período mais inovador (e mais cobiçado) da obra do artista. A versão agora licitada foi exposta pela primeira vez em 1983, na galeria Akira Ikeda, em Tóquio, e integrou, em 2019, a exposição Jean-Michel Basquiat na Brant Foundation Art Study Center, em Nova Iorque.