Covid-19. Portugal sem concelhos em risco extremo de infecção, mas há 48 fora da zona de conforto para desconfinar
O número de concelhos fora da zona de conforto definida pelo Governo para avançar com o plano de desconfinamento voltou a diminuir, havendo actualmente 48 concelhos com mais de 120 novos casos de infecção por 100 mil habitantes.
Portugal tem actualmente cinco concelhos no nível que até agora era considerado de risco “muito elevado” de infecção pelo novo coronavírus e nenhum em risco extremo, depois de a incidência do vírus, ou seja, o número de casos de infecção por cada 100 mil habitantes, no concelho do Funchal ter descido para 915, de acordo com o relatório mais recente da Direcção-Geral da Saúde (DGS), divulgado esta segunda-feira, mas cujos dados correspondem ao período entre 3 e 16 de Março.
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Portugal tem actualmente cinco concelhos no nível que até agora era considerado de risco “muito elevado” de infecção pelo novo coronavírus e nenhum em risco extremo, depois de a incidência do vírus, ou seja, o número de casos de infecção por cada 100 mil habitantes, no concelho do Funchal ter descido para 915, de acordo com o relatório mais recente da Direcção-Geral da Saúde (DGS), divulgado esta segunda-feira, mas cujos dados correspondem ao período entre 3 e 16 de Março.
Porém, no boletim da DGS consta uma nota que refere que os dados referentes à região autónoma da Madeira “devem ser interpretados atendendo ao atraso entre o diagnóstico e a notificação verificado no período em análise”. Na semana passada, o Funchal era o único concelho do país em risco extremo de infecção, com uma incidência acumulada a 14 dias de 1128.
A lista dos cinco municípios portugueses que permanecem em risco “muito elevado”, com uma taxa de incidência do vírus entre 480 e 959,9 casos por cem mil habitantes, inclui os concelhos de Machico (606), Ponta do Sol (570), ambos também na Madeira, Alcoutim (556), no distrito de Faro, e Santa Cruz das Flores (548), nos Açores. No boletim divulgado na segunda-feira passada, havia quatro concelhos em risco “muito elevado”.
Em risco “elevado”, com uma incidência entre os 240 e os 479,9 novos casos por cem mil habitantes, encontram-se agora nove concelhos, entre os quais Câmara de Lobos (Madeira), Ribeira Brava (Madeira), Serpa (Beja), Penela (Coimbra), Vidigueira (Beja), Moura (Beja), Montijo (Setúbal), Golegã (Santarém) e Castelo de Vide (Portalegre).
Por outro lado, com uma incidência inferior a 20 casos por 100 mil residentes, com o menor risco de infecção, estão 70 concelhos, dos quais 37 não registaram casos de infecção durante o período em análise.
A DGS destaca, numa nota explicativa, que a incidência cumulativa “corresponde ao quociente entre o número de novos casos confirmados nos 14 dias anteriores ao momento de análise e a população residente estimada”.
48 concelhos com incidência superior ao limite da zona de conforto
O número de concelhos fora da zona de conforto definida pelo Governo para avançar com o plano de desconfinamento voltou a diminuir, havendo actualmente 48 concelhos — 16% do total — com uma incidência cumulativa superior ao limite estabelecido (de 120 novos casos de infecção por 100 mil habitantes) para o quadrante verde da matriz definida para monitorizar a evolução da pandemia. O boletim anterior dava conta de 69 concelhos fora da zona de conforto para desconfinar.
Há oito concelhos da Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo e oito da região Norte com incidência superior a 120 novos casos. O Centro soma 13 concelhos com uma incidência superior a este limite, o Algarve dois, o Alentejo oito, a Madeira seis e os Açores três. O concelho de Lisboa tem 115 novos casos por 100 mil habitantes, enquanto o Porto regista 97.
Dos 308 concelhos do país, 192 (62%) registaram uma diminuição da incidência. A maior queda foi observada em Resende (Viseu), que passou de 464 novos casos por 100 mil habitantes para 138. Seguem-se Santa Marta de Penaguião (menos 227), Funchal (menos 213), Serpa (menos 209) e Lamego (184).
Por outro lado, os municípios que registaram uma subida maior da incidência foram Alcoutim, Machico, Ribeira Brava, Figueiró dos Vinhos e Marinha Grande.