Estratégia UE-África: por uma parceria multilateral e entre iguais
A Estratégia UE-África consubstancia a prioridade política que a UE tem dado ao fortalecimento de uma relação multilateral com África, num princípio de parceria entre iguais, em que a relação doador-beneficiário é substituída por uma perspetiva de cooperação política, económica, social e ambiental.
Após a aprovação por uma forte maioria na Comissão de Desenvolvimento, o plenário do Parlamento Europeu debaterá quarta-feira e deverá aprovar esta quinta-feira o relatório de iniciativa sobre a Estratégia UE-África.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Após a aprovação por uma forte maioria na Comissão de Desenvolvimento, o plenário do Parlamento Europeu debaterá quarta-feira e deverá aprovar esta quinta-feira o relatório de iniciativa sobre a Estratégia UE-África.
Com esta aprovação o Parlamento posiciona-se como um ator determinante na definição da parceria que será formalizada na Cimeira Europa-África, cuja marcação tem vindo a ser protelada pela pandemia, somando esta posição àquela que já lhe permitiu assegurar a manutenção da dimensão parlamentar do Acordo Pós Cotonou (UE/África, Caraíbas e Pacífico), cujo consentimento parlamentar e assinatura formal deve ocorrer este semestre.
A Estratégia UE-África consubstancia a prioridade política que a UE, através da Comissão Europeia e das sucessivas Presidências com relevo para a Presidência Portuguesa, tem dado ao fortalecimento de uma relação multilateral com África, num princípio de parceria entre iguais, em que a relação doador-beneficiário é substituída por uma perspetiva de cooperação política, económica, social e ambiental.
Apostando nos domínios da transição ecológica e do acesso à energia, da transformação digital, do crescimento sustentável e da criação de emprego, da paz e da boa governação e da migração e mobilidade, no respeito pelo estado de direito, pela democracia e pelos direitos humanos, a estratégia permitirá canalizar recursos para capacitação e qualificação, de forma a que a parceria entre iguais seja um princípio, mas também cada vez mais uma realidade.