A Galiza mail’ o Minho: Monção tem novos passadiços junto ao rio
“Panorâmica fabulosa”, promete-se. Com nome poético, os passadiços, juntamente com a ecovia, fazem parte da requalificação do Parque das Caldas.
“Vendo-os assim tão pertinho / A Galiza mail'o o Minho / São como dois namorados / Que o rio traz separados / Quasi desde o nascimento / Deixai-os, pois, namorar / Já que os paes para casar / Lhes não dão consentimento”.
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“Vendo-os assim tão pertinho / A Galiza mail'o o Minho / São como dois namorados / Que o rio traz separados / Quasi desde o nascimento / Deixai-os, pois, namorar / Já que os paes para casar / Lhes não dão consentimento”.
São versos mil vezes lembrados para os lados de Monção (até porque estão imortalizados em mural) e sempre evocados nas homenagens várias ao “poeta maior” da terra, João Verde (1866-1934). Uma vez mais, o poeta - que já dá nome ao cineteatro ou à ponte internacional Monção-Salvaterra de Miño - foi recordado (a tempo do Dia da Poesia, a 21 de Março): desta feita com o baptismo dos novos passadiços de Monção, os Galiza mail’o Minho, abertos ao público este fim-de-semana, aproveitando as permissões do desconfinamento gradual.
Os passadiços começam no centro histórico e serpenteiam entre a muralha e o rio Minho, integrando-se nas “obras de requalificação do Parque das Caldas”, onde se costuma celebrar a grande festa anual do Alvarinho anuncia a autarquia.
As obras, que incluíram “várias estruturas de lazer”, deram origem também a “um passadiço de madeira junto ao rio Minho e ecovia até ao posto aquícola, em Troviscoso”. Além de dinamizar o turismo local, a autarquia sublinha que “potenciou-se a actividade desportiva e reavivou-se o relacionamento humano com o rio”, ao “facilitar “uma ligação pedonal entre a zona ribeirinha e o centro histórico da vila”.
Os Passadiços A Galiza mail'o Minho, refere-se ainda, fazem parte de uma intervenção que também abrangeu “a reconstrução dos muros de suporte dos antigos socalcos de cultivo e a iluminação pública da muralha”.
Pelos passadiços há “lugares de descanso e de contemplação” para “apreciar a envolvente paisagística, fluvial e monumental”, entre o Minho a correr as imponentes muralhas, monumento nacional há mais de um século.
O acesso aos passadiços é feito por uma “abertura existente no pano da muralha junto às escadas do Arado, na Avenida General Humberto Delgado”.
O passeio prossegue entre passadiço e ecovia - até ao posto agrícola de Troviscoso. A não perder no percurso, as pesqueiras, “construções seculares de pedra junto ao rio”.