Obras no Mercado de Peixe “roubam” parte das esplanadas a bares e restaurantes

Presidente da autarquia garante que a intervenção irá terminar, impreterivelmente, a 19 de Abril, e que empresários só serão parcialmente afectados por duas semanas.

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Quando tinham todas as esperanças depositadas no dia 5 de Abril, data anunciada para a reabertura das esplanadas, alguns empresários da Praça do Peixe, em Aveiro, estão a ser confrontados com a instalação de uma tenda em frente aos seus estabelecimentos. O vizinho Mercado José Estêvão (também conhecido como Mercado do Peixe) vai ser alvo de uma intervenção, obrigando à transferência das bancas e dos vendedores para o espaço contíguo, normalmente ocupado pelas esplanadas dos restaurantes e bares ali sediados. Os empresários lamentam o timing da intervenção e temem que ela se arraste para além do previsto (um mês). Ribau Esteves, líder da autarquia, garante que o prazo será escrupulosamente cumprido.

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Quando tinham todas as esperanças depositadas no dia 5 de Abril, data anunciada para a reabertura das esplanadas, alguns empresários da Praça do Peixe, em Aveiro, estão a ser confrontados com a instalação de uma tenda em frente aos seus estabelecimentos. O vizinho Mercado José Estêvão (também conhecido como Mercado do Peixe) vai ser alvo de uma intervenção, obrigando à transferência das bancas e dos vendedores para o espaço contíguo, normalmente ocupado pelas esplanadas dos restaurantes e bares ali sediados. Os empresários lamentam o timing da intervenção e temem que ela se arraste para além do previsto (um mês). Ribau Esteves, líder da autarquia, garante que o prazo será escrupulosamente cumprido.

A tenda que irá albergar o Mercado do Peixe começou a ser instalada esta sexta-feira, sendo que, na próxima semana, a venda já será efectuada a partir das instalações provisórias. “Para nós, não faz grande diferença. É só mudar para o lado”, confessava Selene Abreu, uma das vendedoras do Mercado José Estêvão. Já o mesmo não podem dizer os proprietários de alguns restaurantes e bares virados para a praça. “Já estamos sem dinheiro, tanto tempo fechados e agora ainda vamos ficar sem parte das esplanadas”, lamentava Paulo Machado, dono do Dokk Club.

Também Miguel Estêvão, do bar Toc’aqui e do restaurante Arco da Velha, não esconde a indignação em relação ao momento escolhido para realizar a obra. “Quando estamos a precisar de abrir a esplanada em força, é que fazem isto”, criticava, questionando, tal como Paulo Machado, por que motivo a autarquia não optou por outra localização provisória para o mercado. Noutras intervenções, os vendedores foram transferidos para o Mercado Manuel Firmino e para uma tenda provisória no Rossio.

Ao PÚBLICO, Ribau Esteves explicou a “curta duração” desta intervenção, ditada por uma vistoria da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), que não justificava uma mudança para outros espaços mais distantes. O autarca assevera que esta mudança “só vai mesmo durar um mês” e que apenas terá implicação na instalação das esplanadas de 5 a 19 de Abril. E só em algumas, assegura. Apesar de ainda só ter recebido “um pedido de esplanada para esta área e que não é na zona de implementação da tenda provisória”, a autarquia parte do modelo de ocupação de 2020 – com mais área e isenção de taxas, igualmente garantidas para este ano – para antever que só alguns estabelecimentos terão a sua área reduzida “em cerca de 50 por cento” e somente “por duas semanas”.

Confrontado com as críticas quanto ao timing desta intervenção que visa melhorar a higienização e segurança do mercado, Ribau Esteves diz que por sua vontade “a obra tinha arrancado antes”. “Mas há os trâmites normais destes procedimentos que é preciso cumprir”, repara.

Das preocupações dos empresários constam ainda as questões relativas à higiene da praça e à possibilidade de o local ser afectado por maus cheiros, mas a câmara municipal garante que cuidará das condições de limpeza e salubridade da tenda e da zona envolvente.