Vacina da AstraZeneca é “segura e eficaz”. Costa considera que EMA esclareceu todas as dúvidas
Primeiro-ministro disse ser “fundamental” que os Estados-membros da UE se unam em torno da Comissão Europeia para “reforçar a confiança dos europeus, indispensável ao sucesso do processo de vacinação”.
O primeiro-ministro afirmou esta quinta-feira que a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) esclareceu “todas as dúvidas” sobre a vacina da AstraZeneca contra a covid-19, considerando-a segura, e pediu a união dos Estados-membros em torno da Comissão Europeia.
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O primeiro-ministro afirmou esta quinta-feira que a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) esclareceu “todas as dúvidas” sobre a vacina da AstraZeneca contra a covid-19, considerando-a segura, e pediu a união dos Estados-membros em torno da Comissão Europeia.
Estas posições foram transmitidas por António Costa na sua conta pessoal na rede social Twitter, depois de a EMA ter concluído que a vacina da AstraZeneca “é segura e eficaz” e não está associada aos casos de formação de coágulos sanguíneos que levaram à suspensão da sua utilização em mais de uma dezena de países europeus.
“A EMA esclareceu todas as dúvidas sobre a vacina da AstraZeneca, considerando-a segura e eficaz contra a covid-19”, salientou o primeiro-ministro.
Neste contexto, António Costa apontou depois que, do ponto de vista político, “é fundamental manter uma acção coordenada entre os Estados-membros da União Europeia, unidos em torno da Comissão Europeia, para reforçar a confiança dos europeus, indispensável ao sucesso do processo de vacinação”.
As autoridades de saúde portuguesas decidiram esta quinta-feira retomar a administração de vacinas da AstraZeneca contra a covid-19, três dias depois do anúncio de uma suspensão temporária devido a relatos em vários países de casos de coágulos sanguíneos em pessoas vacinadas.
“O plano de vacinação sofreu uma pausa no que concerne à vacina da AstraZeneca e vai ser posto em marcha outra vez a partir de segunda-feira. Vamos retomar o plano, acelerando-o e recuperando o atraso destes quatro ou cinco dias parados sem vacinação da AstraZeneca”, afirmou o coordenador da task force para a vacinação contra a covid-19, vice-almirante Henrique Gouveia e Melo, numa conferência de imprensa em que esteve também presente o presidente do Infarmed, Rui Ivo, e a directora-geral da Saúde, Graça Freitas.
Depois de uma investigação nos últimos dias do Comité de Avaliação dos Riscos em Farmacovigilância do regulador europeu, a directora executiva da EMA, Emer Cooke, explicou que a administração da vacina da AstraZeneca “não está associada a um aumento do risco de eventos tromboembólicos responsáveis pelos coágulos sanguíneos” nas pessoas vacinadas.
Emer Cooke sublinhou que estes foram episódios “raros, mas bastante graves” de um total de mais de sete milhões de pessoas vacinadas na União Europeia com o fármaco da AstraZeneca e de 11 milhões no Reino Unido. “As pessoas podem confiar na vacina”, assegurou Emer Cooke, reforçando que estes não são casos “inesperados [?] porque se está a vacinar milhões e milhões de pessoas”.
O aval da EMA surgiu um dia depois de a Organização Mundial de Saúde (OMS) também ter recomendado a continuação da administração da vacina da AstraZeneca contra a covid-19. “Neste momento, a OMS estima que o balanço risco/benefício está a inclinar-se a favor da vacina AstraZeneca e recomenda que as vacinas continuem” a ser administradas, disse o organismo em nota divulgada na quarta-feira.