Plátano de Portalegre fica em 4.º lugar no concurso Árvore Europeia de 2021
O primeiro lugar foi para uma azinheira milenar de Espanha. Estavam em competição 14 árvores da Europa.
O plátano do Rossio de Portalegre ficou em quarto lugar no concurso Árvore Europeia do Ano 2021. Nesta competição com votação online, contabilizou 37.410 votos. O primeiro lugar foi para uma azinheira milenar de Espanha, que conquistou 104.264 votos. O anúncio foi feito online esta quarta-feira à tarde.
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O plátano do Rossio de Portalegre ficou em quarto lugar no concurso Árvore Europeia do Ano 2021. Nesta competição com votação online, contabilizou 37.410 votos. O primeiro lugar foi para uma azinheira milenar de Espanha, que conquistou 104.264 votos. O anúncio foi feito online esta quarta-feira à tarde.
É a primeira vez que uma árvore espanhola é escolhida como Árvore Europeia do Ano. Chama-se “Azinheira Milenar de Lecina” e estima-se que tenha cerca de mil anos. Situada na província de Huesca, está associada a histórias de bruxas. “Reza a lenda que houve tempos em que as bruxas povoavam a Serra da Guará, onde dançavam e festejavam em torno da azinheira”, conta-se no site do concurso. Hoje, acrescenta-se, é a união dos poucos habitantes da localidade onde fica que a mantém de pé.
Ainda no pódio, ficou em segundo lugar um plátano de Itália com cerca de mil anos na região da Calábria, com 78.210 votos. A terceira posição foi para um plátano russo com 284 anos que é “guardião” de uma mesquita. Teve 66.026 votos.
Em quarto lugar ficou então o plátano do Rossio de Portalegre. Esta árvore foi plantada em 1838 – tem agora 182 anos – pelo médico e botânico José Maria Grande. Ao nível da copa e do perímetro do tronco, este é considerado o maior plátano da Península Ibérica de que se tem conhecimento até agora, referiu o município de Portalegre ao PÚBLICO quando o plátano foi anunciado como a árvore portuguesa de 2021. Tem 23 metros de comprimento, sete metros de perímetro de tronco e 37 metros de diâmetro de copa. É também um guardião das histórias da cidade.
Continuando a percorrer as classificações do concurso Árvore Europeia do Ano, ficaram ainda por ordem decrescente: uma tília da Polónia (com 35.422 votos); uma outra tília dos Países Baixos (34.244 votos); uma macieira da República Checa (32.028); uma olaia da Hungria (31.867); um choupo de França (31.594); um lodão-bastardo da Croácia (31.283); uma sorveira do Reino Unido (31.197); um castanheiro da Bélgica (30.886); um carvalho da Eslováquia (30.058); e uma amoreira da Bulgária (30.055).
Ao todo, o concurso online teve este ano 604.544 votos. A competição é organizada pela Associação de Parceria Ambiental (EPA) em colaboração com a Organização Europeia de Proprietários de Terrenos (ELO). Em Portugal, o concurso é da responsabilidade da União da Floresta Mediterrânica – UNAC.
Em 2018, o Sobreiro Assobiador da aldeia de Águas de Moura (no concelho de Palmela) ficou em primeiro lugar no concurso europeu. Depois, em 2019, a Azinheira Secular do Monte do Barbeiro, situada a cerca de sete quilómetros da aldeia de Alcaria Ruiva, no concelho de Mértola, ficou em terceiro lugar. Já em 2020 o castanheiro de Vales, em Tresminas, no concelho de Vila Pouca de Aguiar, ficou em sexto lugar a nível europeu.