Nova ponte entre Porto e Gaia vai custar 50 milhões
Vai ligar o Campo Alegre ao Arrábida Shopping. Concurso público internacional será lançado esta terça-feira. Vai nascer a Linha Rosa do Metro do Porto e a Amarela será aumentada.
O concurso público para a concepção de uma nova ponte sobre o rio Douro, que permitirá concretizar a chamada “segunda linha” de metro de Vila Nova de Gaia, é lançado esta terça-feira, no Porto, com a presença do primeiro-ministro.
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O concurso público para a concepção de uma nova ponte sobre o rio Douro, que permitirá concretizar a chamada “segunda linha” de metro de Vila Nova de Gaia, é lançado esta terça-feira, no Porto, com a presença do primeiro-ministro.
Em causa está o lançamento do concurso público internacional de concepção da nova ponte, exclusiva para o metro, e a abertura de um concurso de ideias para o projecto, cujo júri é composto por 11 elementos que serão revelados esta terça-feira, conforme consta do convite enviado à imprensa pela tutela. Segundo a TSF, Eduardo Souto de Moura, Alexandre Alves Costa, Inês Lobo e o professor Rui Calçada fazem parte do júri.
A nova travessia para ligar o Porto e Gaia através de metro deve ficar entre as pontes da Arrábida e de Luís I e servirá uma nova linha de Vila Nova de Gaia, entre Santo Ovídio e a Casa da Música, no Porto. A ponte deverá ligar o Campo Alegre, no Porto, ao Arrábida Shopping, em Gaia, detalha a TSF.
Além do primeiro-ministro, António Costa, na apresentação está também prevista a presença do ministro do Ambiente e da Acção Climática, João Pedro Matos Fernandes, e do secretário de Estado da Mobilidade, Eduardo Pinheiro.
O Governo estima gastar cerca de 50 milhões de euros no projecto, financiados pelo Plano de Recuperação e Resiliência. À TSF, Matos Fernandes disse que o Governo tem “pressa em fazer estes investimentos para que a economia possa recuperar após a pandemia”. Porém, “há coisas que não se conseguem fazer depressa e uma delas é uma ponte sobre o rio Douro, entre duas fragas no Porto e em Gaia, a 500 metros a nascente da obra maior do Edgar Cardoso, que é a Ponte da Arrábida, e a poente da Ponte de Luís I, que é uma ponte da escola do Eiffel. Tem que ser um projecto muito cuidado”.
Perante um “desafio técnico extraordinário”, o ministro do Ambiente quer “atrair os melhores projectistas de pontes do mundo” para este concurso, com prazo de entrega de projectos de quatro meses.
Linha Amarela aumentada
No evento desta terça-feira são também consignadas a empreitada da construção da Linha Rosa e a do prolongamento da Amarela do Metro do Porto.
No que se refere à Linha Amarela, em causa está o prolongamento de Santo Ovídio a Vila d’Este, em Gaia, enquanto a Linha Rosa constitui um novo trajecto no Porto entre a zona de S. Bento/Praça da Liberdade e a Casa da Música.
Sobre a empreitada em Vila Nova de Gaia, o presidente da câmara, Eduardo Vítor Rodrigues, revelou na segunda-feira, à margem de uma reunião de câmara, que “arranca esta semana a montagem dos estaleiros”, sendo que um ficará perto do Hospital de Gaia, próximo da rotunda de Vila d’Este, estando um segundo previsto para Santo Ovídio, junto ao campo de ténis local.
A cerimónia desta terça-feira decorrerá nos Jardins do Palácio de Cristal, com início às 11h, e será “restrita”, estando “reduzida a dois representantes de cada município”, disse o presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia, referindo-se ao seu concelho e ao do Porto, cidades que ficam nas margens opostas do rio Douro.
Em Janeiro foi anunciado que o Tribunal de Contas (TdC) deu luz verde às empreitadas de construção da Linha Rosa e de prolongamento da Linha Amarela até Vila d’Este. O visto do TdC foi dado aos contratos assinados, em Novembro de 2020, entre a Metro do Porto e o consórcio Ferrovial/ACA, por um valor global de 288 milhões de euros. Deste valor, 189 milhões destinam-se à Linha Rosa, no Porto, e 98,9 milhões ao prolongamento da Amarela, entre Santo Ovídio e Vila d’Este.
“O investimento global nos dois projectos ronda os 407 milhões de euros – incluindo expropriações, projectos, fiscalização, equipamento e sistemas de apoio à exploração”, disse à Lusa a Metro do Porto a 3 de Março.
A nova Linha Rosa
A nova Linha Rosa (circular) integrará quatro estações e cerca de três quilómetros de via.
Esta ligação, entre a zona de S. Bento/Praça da Liberdade e a Casa da Música, passa pelo Hospital de Santo António, Pavilhão Rosa Mota, Centro Materno-Infantil, Praça da Galiza e pólo universitário do Campo Alegre.
O prolongamento da Linha Amarela entre Santo Ovídio e a zona residencial de Vila d’Este vai permitir construir um troço com três estações e cerca de três quilómetros, passando pelo Centro de Produção da RTP e pelo Hospital de Santos Silva.
Actualmente, a rede tem 67 quilómetros, com seis linhas que servem sete concelhos e 82 estações, movimentando anualmente mais de 71 milhões de clientes (valor reportado a 2019, o último exercício antes da pandemia).