A história do jogador abençoado pelo azar
Caris LeVert passou de um dos maiores perdedores do “negócio Harden” para ser o grande vencedor naquela noite de 14 de Janeiro. Recebeu a notícia que lhe pode ter salvado a vida e driblou o cancro. Agora, está de volta.
Está de regresso aos jogos da NBA o jogador cujo azar foi, provavelmente, a maior sorte que teve na vida. Num momento de teórica infelicidade, em que foi obrigado a mudar de equipa contra a sua vontade, Caris Levert, basquetebolista da NBA, soube que tinha um tumor. O azar tornou-se uma tremenda fortuna. Driblou o cancro, aos 26 anos, e, agora, está de volta.
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Está de regresso aos jogos da NBA o jogador cujo azar foi, provavelmente, a maior sorte que teve na vida. Num momento de teórica infelicidade, em que foi obrigado a mudar de equipa contra a sua vontade, Caris Levert, basquetebolista da NBA, soube que tinha um tumor. O azar tornou-se uma tremenda fortuna. Driblou o cancro, aos 26 anos, e, agora, está de volta.
A história é simples de contar. Em Janeiro, foi anunciada a muito aguardada mudança de equipa de James Harden, que deixou de estar “perdido” nos Houston Rockets para se juntar aos Brooklyn Nets, equipa nova-iorquina na qual pôde fazer um “big 3” com Kevin Durant e Kyrie Irving.
Para os Nets conseguirem pagar o salário de Harden tiveram de transferir muitos jogadores, alguns deles de primeira linha. Um deles foi Caris LeVert, que foi parar aos Indiana Pacers.
Na NBA, os contratos dos jogadores não são apenas com as equipas, mas com a própria liga norte-americana. Tal equivale a dizer que, em alguns casos, a vontade do jogador não é o detalhe mais relevante nas transferências e que um atleta pode ir jogar para uma equipa que não era a da sua preferência.
Mas aquela que era, em tese, uma má notícia para o jogador – deixava um candidato ao título para se juntar a uma equipa forte, mas num segundo patamar – tornou-se a melhor notícia da vida de LeVert. E passou de um dos maiores perdedores daquele negócio para ser, indiscutivelmente, o grande vencedor naquela noite de 14 de Janeiro.
Nos exames médicos obrigatórios para assinar contrato com a nova equipa, foi descoberto um tumor no rim de LeVert. “Esta transferência revelou o que se passava no meu corpo e pode ter-me salvado a vida”, disse o jogador, numa altura em que ainda nem sabia, ao certo, as características do tumor.
LeVert, que estava a jogar bom basquetebol – levava médias de 18.5 pontos, 4.3 ressaltos e 6 assistências por jogo pelos Nets – foi operado dias depois e, após o período de recuperação, já está de volta ao activo.
Estreou-se há dois dias pelos Pacers com 13 pontos e 7 ressaltos, frente aos Phoenix Suns, números ainda modestos para o que poderá vir a fazer, mas a grande notícia veio mesmo do tempo de jogo.
Com 27 minutos em campo, LeVert parece vir sem qualquer limitação e deverá, em breve, superar a marca dos 30 minutos – “barreira” que o cinco inicial de Indiana geralmente supera.
“Há cerca de dois meses eu nem sabia se estaria aqui. Sinto as pernas cansadas e em baixo de forma, mas isso recupera-se. Vivi um pesadelo durante dois meses e é uma bênção poder estar de novo no campo, a praticar um desporto que amo”, disse o jogador, no final da partida.