Escultora Lin Emery morre aos 94 anos

Foi uma das primeiras escultoras norte-americanas a vencer a discriminação de uma área dominada por homens e a construir uma carreira de sucesso.

Foto
Lin Emery em 1963 dr

A escultora de Nova Orleães (Estados Unidos) Lin Emery, cujas obras de um movimento delicadamente equilibrado podem ser encontradas em várias partes do mundo, morreu na última quinta-feira, aos 94 anos. A informação foi confirmada pelo filho da escultora, Brooks Braselman.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

A escultora de Nova Orleães (Estados Unidos) Lin Emery, cujas obras de um movimento delicadamente equilibrado podem ser encontradas em várias partes do mundo, morreu na última quinta-feira, aos 94 anos. A informação foi confirmada pelo filho da escultora, Brooks Braselman.

“Ela queria transmitir o movimento da natureza. Ela adorava o movimento e a dança. Tudo o que estivesse relacionado com o movimento. Ela queria pegar nas forças da natureza e colocá-las na sua arte”, disse o filho de Lin Emery.

A “marca” de Emery são as esculturas com materiais metálicos que reflectiam a natureza que as rodeava.

Lin Emery também foi uma das primeiras escultoras a vencer a discriminação de uma área dominada por homens e a construir uma carreira de sucesso.

A artista trabalhou até aos 90 anos no seu estúdio, em Nova Orleães, concebendo peças para hospitais, cidades e clientes privados. Questionada em 2016 sobre se havia alguma peça que guardava com um apreço especial, Emery descartou essa ideia: “Na realidade, não. Estou sempre a tentar fazer melhor.”

A carreira de Lin Emery começou quando tinha 23 anos, enquanto deambulava por Paris (França), onde começou por ter aulas e acabou por encontrar uma paixão vitalícia.

No seu percurso também estão dois anos no Centro de Escultura de Nova Iorque, onde aprendeu a moldar o metal para as peças que a celebrizaram.

Já em Nova Orleães, um arquitecto viu a criação abstracta que fez do Arcanjo Miguel - com cerca de um metro de altura -, em 1952, com ângulos redondos que sugeriam a imagem de asas, e pediu-lhe que compusesse uma peça mais realística para uma igreja que estava a desenhar.

Seguiu-se uma carreira recheada de comissões em que se procurava a simbiose entre o metal, a natureza, o abstracto e o realista.