Jaqueline Goes de Jesus: “Quando passar a pandemia de covid-19, vão reemergir os vírus que não deixaram de circular”
No Brasil, mais de metade da população descreve-se como negra. “Mas ocupamos muito poucos espaços relacionados com a ciência, o progresso, espaços de poder económico”, diz a biomédica, que se tornou uma figura pública depois de sequenciar o genoma do primeiro caso de SARS-CoV-2.
Jaqueline Goes de Jesus foi a principal autora, junto com a coordenadora da equipa, do artigo em que foi divulgada a sequência genómica do vírus que causou o primeiro caso de covid-19 no Brasil. Para a biomédica do Instituto de Medicina Tropical da Faculdade Medicina da Universidade de São Paulo e do Centro Brasil-Reino Unido para a Descoberta e Diagnóstico de Arbovírus (CADDE), esta publicação significou uma fama instantânea. Pela rapidez do processo, por ser uma mulher jovem (tinha 30 anos), e ainda por cima uma negra cientista e nordestina (da Bahia), num país onde o racismo está sempre à espreita.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Jaqueline Goes de Jesus foi a principal autora, junto com a coordenadora da equipa, do artigo em que foi divulgada a sequência genómica do vírus que causou o primeiro caso de covid-19 no Brasil. Para a biomédica do Instituto de Medicina Tropical da Faculdade Medicina da Universidade de São Paulo e do Centro Brasil-Reino Unido para a Descoberta e Diagnóstico de Arbovírus (CADDE), esta publicação significou uma fama instantânea. Pela rapidez do processo, por ser uma mulher jovem (tinha 30 anos), e ainda por cima uma negra cientista e nordestina (da Bahia), num país onde o racismo está sempre à espreita.