Rio faz “balanço positivo” do processo autárquico e ambiciona ganhar Coimbra
Líder do PSD anunciou mais 51 candidatos a câmaras municipais e confirmou José Manuel Silva como cabeça de lista em Coimbra.
O líder do PSD faz um balanço “bastante positivo” do processo autárquico no partido e assume que há condições para ganhar Coimbra com o candidato José Manuel Silva, actual vereador independente eleito em 2017. Rui Rio falava na apresentação de mais meia centena de candidatos autárquicos numa conferência de imprensa em Coimbra.
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O líder do PSD faz um balanço “bastante positivo” do processo autárquico no partido e assume que há condições para ganhar Coimbra com o candidato José Manuel Silva, actual vereador independente eleito em 2017. Rui Rio falava na apresentação de mais meia centena de candidatos autárquicos numa conferência de imprensa em Coimbra.
A cidade foi a escolhida para realizar esta sessão de apresentação de forma a sublinhar a confirmação de José Manuel Silva, em há quatro anos liderou o movimento independente Somos Coimbra, como candidato do partido. “Estamos convencidos de que temos condições para que, no fim deste ano, quando chegarmos ao Natal, o novo presidente da Câmara de Coimbra seja o doutor José Manuel Silva”, disse Rui Rio. O nome do antigo bastonário da Ordem dos Médicos não foi a escolha das estruturas locais — que tinham indicado Nuno Freitas — mas que foi ultrapassada por uma opção da direcção nacional.
É um dos casos em que a comissão política nacional não aceitou a proposta da distrital, mas Rui Rio considera haver poucas excepções deste género num processo autárquico “pacífico”. “A avaliação que eu faço é bastante positiva, não é isenta de problemas, longe disso. Quando acontece, a comissão política nacional intervém e procura o candidato que está em melhores condições. Esses casos são muito poucos”, afirmou.
Depois do anúncio dos nomes — que Rui Rio referiu um a um —, José Manuel Silva leu uma declaração aos jornalistas na qual saudou o PSD por “demonstrar uma grande abertura à sociedade real, apoiando e integrando esta candidatura Somos Coimbra”.
Questionado pela agência Lusa sobre se a lista que encabeça será do PSD ou do movimento independente apoiada pelo partido, José Manuel Silva escusou-se a prestar esclarecimentos, frisando que a seu tempo as questões serão respondidas.
CDS também se aproxima
Horas antes de Rui Rio anunciar os candidatos, as estruturas locais do CDS deram força a uma ideia de coligação com os sociais-democratas, encabeçada precisamente por José Manuel Silva. Através de um comunicado, as comissões políticas distrital e concelhia do CDS-PP manifestaram “o seu apoio a uma coligação com o PSD, nas próximas eleições autárquicas, na cidade de Coimbra, liderada pelo candidato Prof. José Manuel Silva”.
Ao PÚBLICO, o líder da distrital centrista de Coimbra, Jorge Almeida, explicou que a coligação com o PSD “ainda não está fechada”. “Mas estamos a dar passos largos: temos tido conversas, contactos e reuniões”, acrescentou.
O CDS-PP acredita que “esta coligação constituirá uma frente comum que unirá todos os cidadãos que amam a cidade e que não se revêem no projecto socialista que tem transformado Coimbra numa cidade “anestesiada” sem rumo, sem ambição nem desenvolvimento”.
Novidades e repetentes
Além de Coimbra, Rui Rio anunciou ainda os candidatos de duas capitais de distrito: Évora (Henrique Sim Sim) e Portalegre (Fremelinda Carvalho, que é a actual presidente de Arronches). No distrito de Coimbra, o líder social-democrata confirmou ainda Pedro Machado (presidente da Região do Turismo do Centro) como cabeça de lista do PSD à Figueira da Foz.
Foram também anunciados Carlos Chaves Monteiro (Guarda), Helena Barril (Miranda do Douro), Marco Pina (Odivelas, onde é vereador), Francisco Tavares (Chaves), Luís Gomes (Vila Real Santo António) e António José Lopes (Pedrógão Grande). O ex-deputado Pedro Pimpão foi apontado para Pombal.
Com o anúncio desta sexta-feira, ficam homologados 50% dos candidatos do PSD no seu universo global, além de 29 nomes que serão aprovados pelas comissões políticas da Madeira e dos Açores. Até ao final do mês, Rui Rio quer ter “todas as soluções resolvidas” a nível nacional embora admita que “dois ou três casos” possam ficar “pendurados”. Para já, neste lote ficou de fora o Porto. com Camilo Soldado