Corpo de Sarah Everard foi encontrado na floresta de Kent
Foi encontrado o corpo da mulher de 33 anos que desapareceu quando ia para casa, em Londres, e que tem como suspeito um polícia.
Esta sexta-feira a polícia confirmou ter recuperado e identificado o corpo de Sarah Everard, uma mulher de 33 anos, dada como desaparecida desde o dia 3 de Março. Os restos mortais foram encontrados numa floresta, em Kent, na quarta-feira passada, mas só esta sexta-feira, Nick Ephgrave, comissário assistente da polícia metropolitana de Londres, confirmou que pertencem a Sarah.
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Esta sexta-feira a polícia confirmou ter recuperado e identificado o corpo de Sarah Everard, uma mulher de 33 anos, dada como desaparecida desde o dia 3 de Março. Os restos mortais foram encontrados numa floresta, em Kent, na quarta-feira passada, mas só esta sexta-feira, Nick Ephgrave, comissário assistente da polícia metropolitana de Londres, confirmou que pertencem a Sarah.
“A polícia permanece em contacto constante com a família de Sarah e continuará a apoiá-los durante a investigação e depois”, disse o agente. “Esta investigação continua num ritmo acelerado e temos centenas de polícias a trabalhar para encontrar todas as pistas sobre o desaparecimento de Sarah e o seu assassinato”.
O desaparecimento da profissional de marketing, Sarah Everard é um mistério que ainda está por resolver. A mulher desapareceu depois de ter saído da casa de um amigo, em Clapham, no sul de Londres, por volta das 21h do dia 3 de Março. O caminho a pé para Brixton, onde mora, devia durar 50 minutos. Sarah falou com o namorado ao telefone durante 15 minutos e desligou às 21:28h. Desde dessa altura que mais ninguém a viu ou ouviu.
O seu desaparecimento desencadeou uma investigação policial, com agentes a vigiar todas as câmaras de segurança do local para tentar entender o que aconteceu. O vídeo capturado por uma câmara de segurança filmou Sarah na A205 Poynders Road, caminhando em direcção a Tulse Hill, onde foi vista pela última vez.
Na terça-feira passada, as autoridades detiveram em Kent um polícia de cerca de 40 anos, com suspeitas de ligação ao desaparecimento de Sarah, e uma mulher na casa dos 30, por cumplicidade. Wayne Couzens, o polícia detido, foi inicialmente indicado como suspeito de rapto, depois de ter aparecido nas imagens das câmaras de segurança a fazer o mesmo trajecto de Sarah na noite do seu desaparecimento. Agora é também suspeito de homicídio, depois de ter sido descoberta uma ligação aos restos mortais encontrados na floresta de Kent. O principal suspeito é responsável pela segurança de políticos e diplomatas, e os vizinhos dizem que é “um pai de família exemplar”.
O caso de Sarah veio desencadear uma onda de revolta sobre a violência contra as mulheres. Para este fim-de-semana está marcado um protesto em honra de Sarah, mas a polícia está em alerta porque esta acção viola as regras de confinamento. “Eu sei que o público se sente magoado e irritado com o que aconteceu e esses são sentimentos que compartilho pessoalmente e sei que os meus colegas da Scotland Yard e em toda a Met [polícia metropolitana de Londres] também”, disse Ephgrave.
“Também reconheço as preocupações que estão a ser levantadas, com bastante razão, sobre a segurança das mulheres em espaços públicos em Londres e também em outras partes do país”, continuou. “Esta força de segurança e os seus homens e mulheres continuam comprometidos em proteger os londrinos, onde quer que estejam. Este compromisso não foi diminuído por estes eventos e, se muito, este compromisso é reforçado por estas circunstâncias trágicas”, concluiu Ephgrave.
Boris Johnson, primeiro-ministro do Reino Unido, no Twitter, disse que estava “chocado e profundamente triste com os desenvolvimentos da investigação de Sarah Everard”, acrescentando que a polícia britânica deve “trabalhar rapidamente para encontrar todas as respostas sobre este crime horrível”.