Covid-19: Infarmed diz que não há provas para apoiar uso de medicamento para sarna e piolhos
Infarmed avisa que, à data, “não existem evidências (provas) que apoiem a utilização da ivermectina na profilaxia e tratamento da covid-19”.
O Infarmed alertou nesta quinta-feira que não existem provas que apoiem a utilização da ivermectina, um antiparasitário usado no tratamento da escabiose (sarna) e da pediculose (piolhos), na profilaxia e tratamento da covid-19.
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O Infarmed alertou nesta quinta-feira que não existem provas que apoiem a utilização da ivermectina, um antiparasitário usado no tratamento da escabiose (sarna) e da pediculose (piolhos), na profilaxia e tratamento da covid-19.
Numa nota divulgada no site, a Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde lembra que têm vindo a ser publicados vários estudos que analisam o potencial recurso à ivermectina no contexto da covid-19, mas que há ainda dúvidas quanto à dose adequada e à segurança.
O Infarmed diz que analisou os artigos e publicações disponíveis e avisa que, à data, “dadas as limitações metodológicas nos ensaios em que a ivermectina foi utilizada e as dúvidas quanto à dose adequada e sua segurança no âmbito da infecção causada pelo SARS-CoV-2, não existem evidências (provas) que apoiem a utilização deste medicamento na profilaxia e tratamento da covid-19”.
Os medicamentos contendo ivermectina actuam como antiparasitários no tratamento da filariose, estrongiloidose e escabiose, e profilaxia da recidiva da estrongiloidíase (infecção intestinal) e na escabiose persistente ou escabiose.
Na semana passada, o jornal Expresso noticiou que médicos portugueses estariam a tomar e a receitar contra a covid-19 este antiparasitário e que eram já centenas os doentes tratados com ivermectina.
O Expresso escrevia que a terapêutica não está aprovada nem é recomendada contra a nova infecção por nenhuma autoridade de saúde e que a toma é aceite “por livre vontade”, dando conta ainda de um “número crescente de prescrições”.