Covid-19: vacina da Johnson & Johnson começa a chegar a Portugal na segunda metade de Abril
No segundo trimestre, Portugal vai receber 1,25 milhões de doses da vacina da Johnson & Johnson, que fazem parte de um lote de 4,5 milhões que chegarão ao país ao longo deste ano.
As primeiras doses da vacina de toma única da Janssen, que recebeu esta quinta-feira autorização condicional de comercialização, começam a chegar a Portugal na segunda metade de Abril, adiantou à Lusa fonte da farmacêutica.
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As primeiras doses da vacina de toma única da Janssen, que recebeu esta quinta-feira autorização condicional de comercialização, começam a chegar a Portugal na segunda metade de Abril, adiantou à Lusa fonte da farmacêutica.
A mesma fonte confirmou que, no segundo trimestre, Portugal vai receber as primeiras 1,25 milhões de doses da vacina da companhia farmacêutica do grupo Johnson & Johnson, que fazem parte de um lote de 4,5 milhões que chegarão ao país ao longo deste ano.
Segundo a Janssen, esta vacina de dose única, ao contrário das outras três que já estão a ser administradas, que requerem duas tomas, é compatível com os “processos standard de armazenamento e distribuição”, com a empresa a estimar que se mantenha estável por dois anos à temperatura de -20° graus Celsius e, no máximo, por três meses à temperatura de refrigeração entre 2° a 8° graus Celsius.
A farmacêutica adiantou ainda, em comunicado, que a distribuição será feita com o recurso à mesma tecnologia de cadeia de frio que já utiliza actualmente no transporte de medicamentos oncológicos e imunológicos.
A companhia, que se comprometeu em disponibilizar a sua vacina sem fins lucrativos para uso em emergência pandémica, espera distribuir 200 milhões de doses aos 27 Estados-membros da União Europeia, assim como à Noruega, à Islândia e ao Liechtenstein até final de 2021, países em que é também válida a autorização condicional de introdução no mercado.
De acordo com a Janssen, os dados de fase 3 do estudo demonstraram que a vacina foi bem tolerada, teve 85% de eficácia na prevenção de doença grave nas diferentes regiões estudadas e conferiu protecção contra hospitalizações e mortes relacionadas com a covid-19, a partir do 28º dia após a vacinação.
A Comissão Europeia concedeu esta quinta-feira a autorização condicional de comercialização para esta vacina, que, horas antes, tinha sido aprovada pela Agência Europeia do Medicamento (EMA, na sigla inglesa).
“Hoje, a Comissão Europeia concedeu uma autorização condicional de comercialização (CMA) para a vacina contra a covid-19 desenvolvida pela Janssen Pharmaceutica NV, uma das empresas farmacêuticas da Johnson & Johnson, e a quarta vacina contra a covid-19 autorizada na União Europeia (UE)”, segundo um comunicado de imprensa do executivo comunitário.
Esta autorização, salienta o comunicado da comissão presidida por Ursula Von der Layen, “segue uma recomendação científica positiva baseada numa avaliação exaustiva da segurança, eficácia e qualidade da vacina pela EMA e é aprovada pelos Estados-membros”.
Segundo o Infarmed — entidade reguladora portuguesa —, esta vacina “é composta por um vector viral, baseado em adenovírus que foi modificado, de forma a conter o gene responsável pela produção da proteína “spike”, uma proteína do vírus SARS-CoV-2, necessária para entrar nas células do corpo”.
“A vacina da Janssen não contém o próprio vírus e não pode causar covid-19”, sublinha o Infarmed, entidade responsável pela introdução de medicamentos em Portugal.
Em Portugal, morreram 16.635 pessoas dos 812.575 casos de infecção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direcção-Geral da Saúde.