Farmacêuticas advertem para a escassez de matérias-primas para fabricar vacinas
Principais intervenientes do sector reuniram-se para estudar como se poderá aumentar a produção de vacinas.
Mais de uma centena de farmacêuticas e outros agentes do sector da saúde salientaram, na terça-feira, que a enorme quantidade de doses que serão necessárias para inocular a população mundial começa a provocar a escassez de algumas matérias-primas para fabricar as vacinas.
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Mais de uma centena de farmacêuticas e outros agentes do sector da saúde salientaram, na terça-feira, que a enorme quantidade de doses que serão necessárias para inocular a população mundial começa a provocar a escassez de algumas matérias-primas para fabricar as vacinas.
Os vários intervenientes no sector da saúde terminaram na terça-feira dois dias de reuniões para estudar como se poderá aumentar a produção das vacinas. A reunião, uma iniciativa da organização não-governamental Chatham House, serviu para sublinhar o desafio de fabricar as vacinas anticovid necessárias.
“As empresas antevêem para este ano uma produção de entre 10 mil e 14 mil milhões de doses de vacinas anticovid, quando, em anos normais, se fabricam entre 3500 e 4500 milhões de doses de todas as outras vacinas somadas”, afirmou Richard Hatchett, do ramo para a investigação da Aliança para as Vacinas (Gavi), durante uma conferência de imprensa.
O director-geral da Federação Internacional da Indústria Farmacêutica (IFPMA), Thomas Cueni, acrescentou que todas as empresas presentes renovaram o seu compromisso de aumentar a produção das doses de vacinas anticovid, apesar das dificuldades.
“Não devemos ficar surpreendidos se existirem dificuldades ao longo do percurso”, disse Cueni, salientando que “são necessárias centenas de matérias-primas para fazer as vacinas”. “Isto vai inevitavelmente levar a problemas que terão de ser resolvidos com urgência.”