Insolvência de empresas aumentou 32% em Fevereiro
Nos primeiros dois meses de 2021, as insolvências aumentaram 22,4%. Criação de empresas caiu 35,1% até Fevereiro.
As insolvências registaram um aumento de 32% em Fevereiro, com um total de 514 empresas insolventes, mais 124 do que no período homólogo de 2020, um crescimento que acontece num contexto económico marcado pela pandemia de covid-19.
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As insolvências registaram um aumento de 32% em Fevereiro, com um total de 514 empresas insolventes, mais 124 do que no período homólogo de 2020, um crescimento que acontece num contexto económico marcado pela pandemia de covid-19.
No acumulado, nos primeiros dois meses de 2021, as insolvências aumentaram 22,4%, para 1040, de acordo com dados da Iberinform, filial da Crédito y Caución, divulgados nesta terça-feira.
Por tipologia de insolvências, as requeridas (por credores) em Janeiro e Fevereiro aumentaram 49,6%, ao passo que as de sociedades que se apresentaram à insolvência caíram 12,2%, avança a entidade.
Neste universo, os encerramentos com plano de insolvência diminuíram 54,5% face ao período homólogo e foram declaradas insolventes 655 empresas, mais 148 do que nos mesmos meses do ano passado.
Lisboa e Porto foram os distritos com o valor de insolvências mais elevado, 225 e 267, respectivamente. Face a 2020, verifica-se um aumento de 23,6% em Lisboa e de 28,4% no Porto, adianta a Iberinform, em comunicado.
Em sentido negativo evoluiu o número de criação de novas empresas. De acordo com dados da Iberinform, as constituições em Fevereiro diminuíram 32,1%.
Em termos acumulados dos primeiros dois meses do ano, foram criadas 6227 novas empresas, menos 35,1% do que no mesmo período de 2020.
A queda na criação de empresas aconteceu a praticamente todos os sectores, com destaque para as áreas da hotelaria/restauração (-56,4%), electricidade, gás, água (-51%), comércio de veículos (-44%), outros serviços (-44,2%), indústria transformadora (-24,1%), construções e obras públicas (-28%) e comércio por grosso (-26,8%).
Os distritos de Lisboa (1716) e Porto (1225) destacaram-se na criação de novas empresas, mas ainda assim com quedas acentuadas de 46% e 28,9%, respectivamente.