António Pires fecha a trilogia de Lorca com uma lua manchada de sangue

Depois de ter estreado Yerma e A Destruição de Sodoma, o encenador conclui a trilogia dramática de Lorca com Bodas de Sangue. As três propostas podem ser vistas, até 14 de Março, nas salas virtuais do São Luiz e do Teatro do Bairro.

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É um erro comum, diz o encenador António Pires, achar-se que a Trilogia Dramática da Terra Espanhola do dramaturgo espanhol Federico García Lorca é composta por Yerma, Bodas de Sangue e A Casa de Bernarda Alba. Talvez porque o texto final da trilogia, A Destruição de Sodoma (e não Bernarda Alba), ficou incompleto, restando apenas uma página escrita aquando do assassínio de Lorca em 1936. Numa nova biografia de Lorca, trazida por mãos amigas da Argentina, Pires descobriu, nos últimos anos, um pouco mais da escassa informação existente sobre essa peça que ficou por concluir. E foi então que começou a pensar em voltar ao autor espanhol, que já abordara ao encenar Romancero Gitano e Público, propondo-se levar a palco a trilogia. “Antes de mais”, explica ao PÚBLICO, “a escrita do Lorca interessa-me imenso porque está muito próxima da poesia, não é naturalista, permite-me trabalhar muito as imagens.”

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É um erro comum, diz o encenador António Pires, achar-se que a Trilogia Dramática da Terra Espanhola do dramaturgo espanhol Federico García Lorca é composta por Yerma, Bodas de Sangue e A Casa de Bernarda Alba. Talvez porque o texto final da trilogia, A Destruição de Sodoma (e não Bernarda Alba), ficou incompleto, restando apenas uma página escrita aquando do assassínio de Lorca em 1936. Numa nova biografia de Lorca, trazida por mãos amigas da Argentina, Pires descobriu, nos últimos anos, um pouco mais da escassa informação existente sobre essa peça que ficou por concluir. E foi então que começou a pensar em voltar ao autor espanhol, que já abordara ao encenar Romancero Gitano e Público, propondo-se levar a palco a trilogia. “Antes de mais”, explica ao PÚBLICO, “a escrita do Lorca interessa-me imenso porque está muito próxima da poesia, não é naturalista, permite-me trabalhar muito as imagens.”