Nature Village: nasceu o primeiro glamping de Gavião

Com capacidade para 150 hóspedes, o Gavião Nature Village é um dos maiores empreendimentos turísticos do concelho.

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O Gavião Naure Village deverá abrir ainda em Março Ricardo Lopes

Ainda se vê mobiliário por arrumar, camas por fazer e televisores por colocar, mas já está quase tudo pronto na nova unidade de alojamento de Gavião. Falta apenas a instalação definitiva de electricidade e ultimar os derradeiros pormenores para abrir portas o Gavião Nature Village, um empreendimento turístico de quatro estrelas, o primeiro glamping do concelho.

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Ainda se vê mobiliário por arrumar, camas por fazer e televisores por colocar, mas já está quase tudo pronto na nova unidade de alojamento de Gavião. Falta apenas a instalação definitiva de electricidade e ultimar os derradeiros pormenores para abrir portas o Gavião Nature Village, um empreendimento turístico de quatro estrelas, o primeiro glamping do concelho.

A ideia passa por “unir o conforto de um empreendimento tradicional com o adicional de estar próximo da natureza”, aponta Fernando Couteiro, um dos quatro proprietários da unidade, juntamente com a mulher, Geny Couteiro, Maria do Carmo Moreira e Paulo Almeida.

Numa zona de declive suave já se aprumam, entre vinhas, os dez bungalows, à direita, forrados a cortiça, “um produto endógeno” da região, e, à esquerda, as 13 tendas de glamping, dispostas em redor de um lago. Mais à frente, fica a área de campismo livre, com capacidade para 14 tendas. “Vamos ser nós a disponibilizar o serviço. Temos a tenda e proporcionamos aos hóspedes a experiência de poderem montar a sua própria tenda. Também para garantirmos alguma uniformidade”, adianta Fernando.

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No ponto mais alto da propriedade, com cerca de oito hectares, fica o clubhouse, com recepção, bar, zona de estar, sala de pequenos-almoços e de eventos e um restaurante com capacidade para 80 pessoas (no total das duas salas). No terraço, ficará uma ampla esplanada com bar e zona de apoio à piscina. E, no piso inferior, “um pequeno spa, constituído pelo jacuzzi, banho turco, sauna e sala de massagens”, todos com vista para a natureza envolvente. Daqui, o castelo está quase sempre no horizonte. A praia do Alamal e a vila de Belver ficam a cerca de dois quilómetros de distância.

Uma das grandes apostas do projecto, para além dos eventos, são as famílias, com várias unidades de alojamento compostas por cama de casal e beliche (tanto no glamping como nos bungalows), uma zona de horta e abrigo com animais para actividades lúdicas, até com as escolas da região (ainda não chegaram à quinta, mas a ideia será “ter um burro, uma cabra anã, um porquinho anão”, conta Geny Couteiro), assim como uma extensa zona para crianças, com baloiços, área de jogos tradicionais e uma “casa de bonecas”.

Potencial por explorar

Fernando é o único dos quatro com ligações familiares a Gavião, mas confessa que não conhecia muitos dos lugares que anda agora a explorar no concelho. “Há aqui muito potencial para dar a conhecer.” Desde cascatas, percursos pedestres, a avifauna “espectacular”, a história. Como homenagem à natureza da região, todas as tendas de glamping têm nomes (e decoração) de plantas características da zona e os bungalows assinalam as aves que se podem observar e escutar.

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A unidade hoteleira inclui 13 tendas de glamping, dispostas em redor de um lago DR

Fernando trabalha em comunicações, Geny na área da saúde e Paulo e Carmo “têm uma panificadora”. “Há uns anos não nos passava isto pela cabeça”, confessa Geny. “Mas gostamos muito de viajar e de ter este tipo de experiências.” A ideia surgiu há quatro anos. “O glamping estava, na altura, em desenvolvimento em Portugal e não havia aqui nenhum na região. Nós os quatro gostamos de natureza e pensámos: porque não?” O casal deixou a Amadora “há quase um ano”. “É uma mudança radical mas agora, quando temos de ir a Lisboa, já estamos como as pessoas daqui: quando é que regressamos [a Gavião]?”, aponta Fernando.

A inauguração do projecto estava prevista para Maio do ano passado, mas a pandemia “acabou por atrasar” os trabalhos. “Não deixámos de lutar, embora tenham sido tempos complicados porque estamos, neste momento, com praticamente um ano de atraso, e há algumas metas [em termos de financiamento europeu] que temos de cumprir.” Apesar da covid-19 e da falta de previsões quanto ao retomar do turismo (com alguma normalidade), o casal está optimista. “Temos tido sinais muito positivos. Todas as semanas temos tido contactos de pessoas a quererem reservar e isso deixa-nos bastante entusiasmados.”