Família real britânica investiga acusação de que Meghan Markle perseguiu assistentes

Duquesa de Sussex acusa o Palácio de Buckingham de “perpetuar falsidades” e de levar a cabo uma “campanha calculada de difamação” contra ela, nas vésperas da transmissão da sua entrevista à apresentadora Oprah Winfrey.

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Os duques de Sussex desmentem as acusações e falam numa "campanha de difamação" Neil Munns

O afastamento que se registou no último ano entre a rainha Isabel II de Inglaterra e os duques de Sussex – o príncipe Harry e a sua mulher, Meghan Markle – atingiu esta quinta-feira um ponto alto, com o casal a acusar a família real britânica de “perpetuar falsidades” e de lançar “uma campanha calculada de difamação”.

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O afastamento que se registou no último ano entre a rainha Isabel II de Inglaterra e os duques de Sussex – o príncipe Harry e a sua mulher, Meghan Markle – atingiu esta quinta-feira um ponto alto, com o casal a acusar a família real britânica de “perpetuar falsidades” e de lançar “uma campanha calculada de difamação”.

A acusação foi feita num comunicado do porta-voz do casal, publicado nesta quinta-feira, em resposta à notícia de que a família real britânica vai investigar suspeitas de que Meghan Markle teve um comportamento abusivo em relação aos seus assistentes quando ainda vivia no Palácio de Kensington, em Londres.

“Isto é uma campanha de difamação feita com base em desinformação”, disse o porta-voz, citado pela CNN. “Estamos desiludidos com o facto de os media estarem a dar credibilidade à difamação da duquesa de Sussex.”

Na terça-feira, o jornal britânico The Times publicou um e-mail, de Outubro de 2018, em que um assistente dos duques de Sussex acusa Meghan Markle de provocar a saída de dois funcionários da casa real e de “minar a confiança” de uma terceira funcionária – uma assistente que trabalhara directamente com a rainha Isabel II durante 20 anos.

Na sequência da notícia do Times, o Palácio de Buckingham anunciou que vai investigar as acusações contra Meghan Markle. “Há anos que a Casa Real tem uma política de dignidade no trabalho, e não vai tolerar bullying nem assédio no ambiente de trabalho”, lê-se no comunicado do Palácio de Buckingham.

Entrevista gravada

A sucessão de acontecimentos desta semana – a notícia da acusação contra Meghan Markle e o anúncio da abertura de uma investigação pela Casa Real britânica – tem como pano de fundo uma entrevista dos duques de Sussex à apresentadora norte-americana Oprah Winfrey, que vai ser transmitida no domingo à noite.

Num avanço da entrevista, publicado na quarta-feira, Winfrey pergunta a Markle o que sente por saber que a família real britânica vai ouvir a sua versão dos acontecimentos do último ano. “Não sei o que é que eles podiam esperar depois deste tempo todo. Que íamos ficar calados perante uma campanha de falsidades da The Firm [A Empresa] contra nós?”, respondeu Meghan Markle, usando o termo cunhado pelo príncipe Filipe para se referir ao núcleo da família real britânica.

A entrevista dos duques de Sussex a Oprah Winfrey foi gravada há semanas, muito antes da notícia avançada pelo The Times sobre as acusações de bullying contra Meghan Markle.

O casal nega as acusações e sugere que a notícia do Times insere-se numa campanha de “perpetuação de falsidades” sobre Meghan Markle, que teria como objectivo amortecer o impacto das suas declarações na entrevista que vai ser transmitida no domingo.

“A duquesa lamenta este último ataque contra o seu carácter, particularmente por ser alguém que já foi alvo de bullying e que tem um compromisso profundo com o apoio a pessoas que têm a mesma dor”, lê-se no comunicado do porta-voz de Meghan Markle.