Quando morreu, a 1 de Fevereiro de 2017, aos 79 anos, William Melvin Kelley era um grande desconhecido para os americanos. Poucos sabiam dos seus romances e contos a que a crítica chamava de experimentais e muito poucos conheciam os mundos paralelos que criou para expor e indagar sobre a identidade americana a partir da questão racial, aplicando o conceito do historiador Lerone Bennett Jr.: “não há um problema Negro na América... O problema da raça na América... é um problema branco.” Também quase ninguém fazia ideia de que morria o autor de um dos romances mais vibrantes, incómodos, elegantes acerca de um tema que continua a ser uma das feridas abertas da América: a segregação racial.
Opinião
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