Avaliação bancária para crédito à habitação continua a aumentar

Em Janeiro de 2021, o valor mediano de metro quadrado ficou-se pelos 1170 euros, um novo máximo histórico.

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Adriano Miranda

No primeiro mês do ano, e mesmo com o agravamento da pandemia em Portugal, o valor mediano de avaliação bancária realizada no âmbito dos pedidos de crédito à habitação continuou a subir.

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No primeiro mês do ano, e mesmo com o agravamento da pandemia em Portugal, o valor mediano de avaliação bancária realizada no âmbito dos pedidos de crédito à habitação continuou a subir.

De acordo com o Instituto Nacional de Estatística, que apura mensalmente este indicador, o valor mediano de avaliação bancária aumentou 14 euros face ao mês anterior, atingindo os 1170 euros, o valor mais alto de sempre. Tal valor implica uma variação em cadeia de 1,2% face a Dezembro de 2020 (1156 euros/m2 ) e uma variação homóloga de 6,1%. De acordo com o INE, o número de avaliações bancárias consideradas ascendeu a cerca de 25 mil, mais 3,2% que no mesmo período do ano anterior.

A Área Metropolitana de Lisboa e o Algarve foram as regiões que apresentaram valores de avaliação superiores à mediana do país (em 31%, ambas). As regiões da Beira Baixa e Beiras e Serra da Estrela foram as que apresentaram o valor mais baixo em relação à mediana do país (-42%).

Estes números surgem numa altura em que se acompanha com expectativa o comportamento do mercado, face ao prolongar da crise pandémica e do anunciado fim das moratórias. As aquisições de casas com recurso a empréstimo bancário continuam a manter a avaliação em ritmos de subida. 

No entanto, começam a notar-se alguns focos onde tal não acontece, como apurou a Confidencial Imobiliário, no acompanhamento do índice com que monitoriza os preços da habitação no Centro Histórico de Lisboa. De acordo com esta empresa de estatística, estes valores registaram uma descida semestral de 14,4% no segundo semestre de 2020 - resultando numa queda de 12,0% em termos homólogos. Esta análise incide sobre as freguesias de Santa Maria Maior, São Vicente e Misericórdia, localizações onde pode estar a haver alguma pressão de venda de imóveis que estavam colocados no Alojamento Local.

Voltando aos dados divulgados esta terça-feira pelo INE, verifica-se que o maior aumento do valor mediano da avaliação bancária face ao mês anterior se registou no Norte (+0,9%). A redução mais acentuada foi observada na Região Autónoma da Madeira (-1,3%). Se a análise for feita em termos homólogos, a variação mais intensa também aconteceu no Norte (+5,7%) e a única descida foi registada no Alentejo (-0,7%).

Para o apuramento do valor mediano de avaliação bancária de Janeiro de 2021, o INE teve em conta 24.857 avaliações bancárias (mais 3,2% que no mesmo período do ano anterior). Destas, 15.805 foram de apartamentos e 9052 de moradias.

No mês em análise, o valor mediano de avaliação bancária de apartamentos foi de 1284 euros/m2 , aumentando 7,0% relativamente ao mês homólogo. O valor mais elevado foi observado na Área Metropolitana de Lisboa (1533 euros/m2 ) e o mais baixo no Alentejo (864 euros/m2 ). O Norte apresentou o crescimento mais expressivo (8,2%), verificando-se a descida mais acentuada no Alentejo (-2,4%).

No caso das moradias, o valor mediano da avaliação bancária das moradias foi de 968 euros/m2, o que representa um acréscimo de 4,9% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Os valores mais elevados observaram-se, de novo, na Área Metropolitana de Lisboa (1552 euros/m2 ) e no Algarve (1550 euros/m2), tendo o Alentejo registado o valor mais baixo (814 euros/m2 ).