Como desdobrar cartas do século XVII só com raios-X

Antes de haver envelopes, as cartas eram enviadas dobradas em padrões complicados, como uma assinatura própria de quem as enviava. Uma equipa de cientistas desenvolveu para uma técnica para as ler sem as destruir.

Foto
Unlocking History Research Group Sequência gerada por computador de uma carta a ser desdobrada virtualmente

Esta carta é só para os seus olhos, mas como garantir que só mesmo os seus olhos a vão ler? Durante séculos, para o garantir o segredo da correspondência, foi usado algo que os cientistas hoje consideram uma forma rudimentar de criptografia, antes de ter sido inventado o envelope, um objecto frágil onde ficam as pistas de alguém ter tentado violar a correspondência. Antes de haver envelopes, as folhas em que eram escritas as cartas eram dobradas antes de serem lacradas e enviadas para o seu destinatário, fazendo um embrulhinho. Para as abrirmos hoje, só cortando com uma faca com um x-acto. Mas uma equipa de cientistas europeus e norte-americanos descobriu uma maneira de as desdobrar virtualmente, com um sofisticado aparelho de raios-X, que normalmente é utilizado para fazer investigação em medicina dentária.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Esta carta é só para os seus olhos, mas como garantir que só mesmo os seus olhos a vão ler? Durante séculos, para o garantir o segredo da correspondência, foi usado algo que os cientistas hoje consideram uma forma rudimentar de criptografia, antes de ter sido inventado o envelope, um objecto frágil onde ficam as pistas de alguém ter tentado violar a correspondência. Antes de haver envelopes, as folhas em que eram escritas as cartas eram dobradas antes de serem lacradas e enviadas para o seu destinatário, fazendo um embrulhinho. Para as abrirmos hoje, só cortando com uma faca com um x-acto. Mas uma equipa de cientistas europeus e norte-americanos descobriu uma maneira de as desdobrar virtualmente, com um sofisticado aparelho de raios-X, que normalmente é utilizado para fazer investigação em medicina dentária.