Nova direita já vale mais de 12 pontos nas intenções de voto

Um ano e quase cinco meses depois das eleições legislativas, a grande subida a registar é no bloco dos partidos da nova direita, Chega e Iniciativa Liberal.

Foto
João Cotrim de Figueiredo (Iniciativa Liberal) LUSA/JOSÉ SENA GOULÃO

Separados por menos de um ponto, um com 6,5% e outro com 5,7% das intenções de voto, o Chega e a Iniciativa Liberal (respectivamente) já somam, juntos, mais de 12 pontos percentuais. Em Outubro de 2019, nas legislativas que deram a vitória a António Costa com maioria relativa, os dois partidos não chegavam a 3% dos votos expressos (135 mil em número absoluto).

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Separados por menos de um ponto, um com 6,5% e outro com 5,7% das intenções de voto, o Chega e a Iniciativa Liberal (respectivamente) já somam, juntos, mais de 12 pontos percentuais. Em Outubro de 2019, nas legislativas que deram a vitória a António Costa com maioria relativa, os dois partidos não chegavam a 3% dos votos expressos (135 mil em número absoluto).

Os números constam do barómetro de Fevereiro divulgado nesta segunda-feira e feito pela Aximage para o Jornal de Notícias, o Diário de Notícias e a TSF. O estudo não faz extrapolação para o número de deputados que estas forças políticas conseguiriam eleger (actualmente têm um cada uma), mas a subida seria óbvia. Outra conclusão a retirar da sondagem é que o bom desempenho da Iniciativa Liberal ajuda a que a direita toda unida (39,5%) passe o PS sozinho, que desceu de 39,9% em Janeiro para 37,6% em Fevereiro.

Com a direita estar em recuperação, a “geringonça” continua a somar mais de 50% das intenções de voto (51,1%), embora esteja agora ligeiramente abaixo dos valores de Janeiro: 52,4%. O Livre não entra nesta contabilidade. PS e PSD estão a 11 pontos de distância, menos dois do que há um mês.

Regressando à análise dos resultados dos partidos da direita, o PSD mantém um valor praticamente inalterado de 26,5% e o CDS continua abaixo dos 1% das intenções de voto (0,8%, contra os 4,4% de votos expressos que teve nas urnas, em Outubro de 2019). Já o Chega, de André Ventura, regressa ao quarto lugar, atrás do Bloco de Esquerda (7,7%), depois de perder um ponto (perdera dois em Janeiro) e está agora nos 6,5%.

Por ordem decrescente, os resultados deste barómetro de Fevereiro são os seguintes (Janeiro entre parênteses): PS com 37,6% (39,9%); PSD com 26,5% (26,6%); Bloco de Esquerda com 7,7% (7,2%); Chega com 6,5% (7,5%); CDU com 5,8% (5%); Iniciativa Liberal com 5,7% (3,5%); PAN com 4% (3,5%); Livre com 1,3% (0,8%) e CDS com 0,8% (0,8%).

No que diz respeito à confiança para primeiro-ministro, também avaliada, o estudo mostra António Costa a subir de 53 para 54% e Rui Rio a descer de 30 para 29%.

O trabalho de campo para esta sondagem realizada pela Aximage para o DNJN e TSF (sob a direcção técnica de José Almeida Ribeiro) decorreu entre os dias 17 e 20 de Fevereiro. Foram recolhidas 822 entrevistas entre maiores de 18 anos residentes em Portugal. À amostra corresponde um grau de confiança de 95% com uma margem de erro de 3,4%.