Na passada quinta-feira o Conselho de Ministros da Economia da UE, no qual tem assento o português Pedro Siza Vieira, aprovou a proposta mais importante para nós de que a maioria de nós jamais ouviu falar. Como tantas vezes em assuntos europeus, o uso e abuso das siglas e das designações crípticas não ajuda: a proposta é conhecida por CBCR, que significa Country by Country Reporting em inglês, ou “reporte país a país”, o que também não esclarece. Mas, por uma vez, a linguagem rebuscada não serve para nos esconder algo que à partida rejeitaríamos, mas antes um princípio simples, justo e que a maior parte de nós nem consegue acreditar que não seja já realidade: que as multinacionais declarem os seus lucros de acordo com as transações que são feitas em cada país, passo essencial para que possam vir a pagar os seus impostos de forma proporcional aos negócios que fazem em cada um dos países da UE.
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Na passada quinta-feira o Conselho de Ministros da Economia da UE, no qual tem assento o português Pedro Siza Vieira, aprovou a proposta mais importante para nós de que a maioria de nós jamais ouviu falar. Como tantas vezes em assuntos europeus, o uso e abuso das siglas e das designações crípticas não ajuda: a proposta é conhecida por CBCR, que significa Country by Country Reporting em inglês, ou “reporte país a país”, o que também não esclarece. Mas, por uma vez, a linguagem rebuscada não serve para nos esconder algo que à partida rejeitaríamos, mas antes um princípio simples, justo e que a maior parte de nós nem consegue acreditar que não seja já realidade: que as multinacionais declarem os seus lucros de acordo com as transações que são feitas em cada país, passo essencial para que possam vir a pagar os seus impostos de forma proporcional aos negócios que fazem em cada um dos países da UE.