Um século depois, este edifício da Maia volta a apoiar uma crise sanitária

Construído em 1917 para ser uma creche, foi convertido em hospital de isolamento no início de 1918, altura em que o concelho foi assolado por uma vaga de tifo exantemático. Foi reactivado uns meses mais tarde para ajudar a combater a pneumónica e, hoje, acolhe uma linha telefónica de apoio à covid-19 que faz o rastreio de doentes do Aces Maia-Valongo. Viagem ao passado de um edifício onde a história se repete.

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Em Janeiro de 1918, um ofício da Comissão Municipal Administrativa da Maia anunciava a morte por tifo exantemático de Albino Francisco, moleiro da freguesia de Milheirós, e advertia para a “necessidade de aquisição de um edifício para hospital de isolamento tendo em conta a defesa sanitária do concelho, conforme disposição de um regimento de saúde pública”. Em Dezembro de 1917, a doença já grassava no norte de Portugal e, em particular, no Porto, onde havia sido declarada uma epidemia de tifo exantemático – patologia infecciosa, transmitida através de piolhos, que se traduzia no aparecimento de manchas no corpo e de febres altas.

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Em Janeiro de 1918, um ofício da Comissão Municipal Administrativa da Maia anunciava a morte por tifo exantemático de Albino Francisco, moleiro da freguesia de Milheirós, e advertia para a “necessidade de aquisição de um edifício para hospital de isolamento tendo em conta a defesa sanitária do concelho, conforme disposição de um regimento de saúde pública”. Em Dezembro de 1917, a doença já grassava no norte de Portugal e, em particular, no Porto, onde havia sido declarada uma epidemia de tifo exantemático – patologia infecciosa, transmitida através de piolhos, que se traduzia no aparecimento de manchas no corpo e de febres altas.