Covid-19. Agência reguladora dos EUA recomenda vacina da Johnson & Johnson

Aguarda-se agora que a FDA aprove a vacina, tornando-a a terceira disponível nos Estados Unidos.

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Esta vacina tem efeitos secundários visivelmente mais brandos do que as vacinas da Pfizer e da Moderna, e sem relatos de reacções alérgicas graves como anafilaxia Reuters/DADO RUVIC

O painel de especialistas da Food and Drug Administration (FDA), agência norte-americana que regula os medicamentos, votou esta sexta-feira a favor da autorização da vacina da Johnson & Johnson contra a covid-19, para uso de emergência, representando um passo importante para o lançamento nos EUA. É provável que a FDA autorize a vacina, com uma única toma, em breve, depois receber a recomendação da equipa, tornando-a a terceira disponível nos Estados Unidos.

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O painel de especialistas da Food and Drug Administration (FDA), agência norte-americana que regula os medicamentos, votou esta sexta-feira a favor da autorização da vacina da Johnson & Johnson contra a covid-19, para uso de emergência, representando um passo importante para o lançamento nos EUA. É provável que a FDA autorize a vacina, com uma única toma, em breve, depois receber a recomendação da equipa, tornando-a a terceira disponível nos Estados Unidos.

Esta decisão surge depois dos resultados positivos da vacina. Esta quarta-feira, a equipa apresentou novos dados sobre a vacina da Johnson & Johnson (J&J). Segundo esta agência, a vacina é segura, promove uma boa resposta imunitária com uma única toma e mostrou-se 66% eficaz contra as múltiplas variantes. Estas conclusões resultam de um teste global que envolveu quase 44 mil pessoas.

A eficácia da vacina apresentou variações de 72% nos Estados Unidos, 66% na América Latina e 57% na África do Sul — onde uma nova variante se disseminou —, embora tenha sido 85% eficaz de um modo geral na prevenção de casos graves da doença. O estudo indicou ainda que existe uma eficácia mais baixa, de 42,3%, para pessoas com mais de 60 anos com factores de risco como doenças cardíacas ou diabetes. Mas esse número resultou de uma grande incerteza estatística, explica a FDA.

A vacina foi eficaz na redução do risco de covid-19 e na prevenção de infecções pelo novo coronavírus, confirmado por testes de PCR pelo menos 14 dias após a vacinação, disse a FDA. No entanto, três pacientes que tomaram a vacina tiveram efeitos secundários graves durante os testes, mas a FDA disse que a análise não levantou quaisquer preocupações de segurança específicas e impeditivas da emissão de uma autorização de utilização.

Esta vacina tem ainda efeitos secundários visivelmente mais brandos do que as vacinas da Pfizer e da Moderna, e sem relatos de reacções alérgicas graves como anafilaxia.