Partidos pedem desconfinamento – PSD até já tem proposta
Renovação do estado de emergência aprovada por PS, PSD, CDS, PAN e Cristina Rodrigues, com a abstenção do BE e o voto contra de PCP, PEV, Chega, IL e Joacine Katar Moreira.
Com críticas à (falta de) actuação do Governo no combate à pandemia e nos apoios a empresas e famílias, e com pedidos de criação de um plano de desconfinamento seguro mas urgente, o Parlamento renovou nesta quinta-feira a autorização para a declaração do estado de emergência com os votos a favor do PS, PSD, CDS, PAN e da deputada Cristina Rodrigues, a abstenção do BE, e o voto contra do PCP, PEV, Chega, IL e Joacine Katar Moreira.
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Com críticas à (falta de) actuação do Governo no combate à pandemia e nos apoios a empresas e famílias, e com pedidos de criação de um plano de desconfinamento seguro mas urgente, o Parlamento renovou nesta quinta-feira a autorização para a declaração do estado de emergência com os votos a favor do PS, PSD, CDS, PAN e da deputada Cristina Rodrigues, a abstenção do BE, e o voto contra do PCP, PEV, Chega, IL e Joacine Katar Moreira.
Sem impor prazos, o PSD trouxe para o plenário a sua proposta para a criação de um plano de desconfinamento indexado a indicadores como novas infecções, internamentos em UCI, Rt, vacinação e testagem, para ser aplicado por regiões. A ideia é criar um algoritmo que indexe o desconfinamento a valores que os cientistas considerem seguros e que a abertura se faça à medida que forem sendo atingidos. O PAN defendeu que ainda “não é tempo de baixar restrições; é tempo de salvar vidas”, mas também apelou ao Governo para tomar as decisões do desconfinamento com o Parlamento e não apenas na “bolha do Conselho de Ministros”.
Os restantes partidos defenderam que o desconfinamento tem que ser planeado e faseado – alguns insistiram ser “urgente” a abertura para que a economia possa melhorar -, e que o plano tem que ter em conta as especificidades de sectores como a educação (abertura faseada das escolas, menos alunos por turma, mais professores, mais auxiliares), os transportes públicos, o comércio e a restauração, assim como as actividades desportivas e culturais. A par disso, é preciso continuar e reforçar os apoios sociais às famílias e empresas que perderam rendimentos. E continuar a apostar na saúde: o PCP fixou como grandes prioridades para enfrentar a doença o reforço das equipas de saúde pública, o cumprimento do plano de vacinação e o reforço dos meios do SNS.