Onde estão os latinos na capa da Vanity Fair dedicada a Hollywood?
A edição da revista dedicada à meca do cinema norte-americano pretende celebrar os actores, produtores e realizadores “que continuaram a contar histórias com esperança e humanidade durante este ano surreal”.
2020 foi um ano atípico e 2021 vai pelo mesmo caminho. Mas nem por isso a revista Vanity Fair deixou de lançar a típica capa anual dedicada a Hollywood — a 27.ª edição. De Charlize Theron, a Michael B Jordan, Zendaya e Spike Lee — são dez as celebridades na capa, que dizem ser “a mais diversa de sempre”. Contudo, nem todos concordam, nas redes sociais surgiram, de imediato, críticas: “Onde estão os latinos?”
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2020 foi um ano atípico e 2021 vai pelo mesmo caminho. Mas nem por isso a revista Vanity Fair deixou de lançar a típica capa anual dedicada a Hollywood — a 27.ª edição. De Charlize Theron, a Michael B Jordan, Zendaya e Spike Lee — são dez as celebridades na capa, que dizem ser “a mais diversa de sempre”. Contudo, nem todos concordam, nas redes sociais surgiram, de imediato, críticas: “Onde estão os latinos?”
A edição da revista dedicada a Hollywood pretende celebrar os actores, produtores e realizadores “que continuaram a contar história com esperança e humanidade durante este ano surreal”, pode ler-se na descrição da publicação no Instagram. Michael B. Jordan, Charlize Theron, Zendaya, Sacha Baron Cohen, Spike Lee, Maya Rudolph, LaKeith Stanfield (num cavalo branco), Awkwafina, Michaela Coel e Daniel Levy são as estrelas da capa.
A produção foi feita em dez sessões fotográficas em quatro continentes — de forma a cumprir as regras impostas pela pandemia de covid-19. A capa foi, depois, trabalhada digitalmente pelos artistas Maurizio Cattelan e Pierpaolo Ferrari.
As edições dedicadas a Hollywood da Vanity Fair eram conhecidas por pecar em termos de diversidade. Harisson Ford, Nicole Kidman, Reese Witherspoon e Sandra Bullock foram presença frequente ao longo das 27 edições anuais. Por isso, este ano, a revista tentou promover a diversidade ao incluir também negros e asiáticos. Ainda assim, não conseguiu reunir consenso entre os leitores.
No Twitter são vários os utilizadores a questionar onde estão os latinos e por que não foram incluídos. “Quer dizer, [incluir] um latino teria sido simpático”, escreveu um utilizador. Outro respondeu: “Ultimamente Hollywood é sempre a preto e branco.” A revista não comentou, até agora, esta questão. É desconhecido se a Vanity Fair terá tentado contactar actores de origem latina e se terão sido estes a recusar participar.
Ainda assim, muitos dos comentários são também de apoio, a enaltecer a criatividade da equipa da Vanity Fair, por ter conseguido uma capa “tão divertida e extravagante”, mesmo à distância. Imaginação e fantasia foi precisamente o mote para a capa. Os cenários são todos virtuais e incluem candelabros gigantes, ursos e gárgulas.
A directora da Vanity Fair, Radhika Jones, escreveu no editorial que esta edição anual pretende “celebrar Hollywood e dar conta da sua evolução”. Os dez protagonistas “ajudaram a alargar as fronteiras do que pode ser o entretenimento e as histórias que pode transmitir, quer seja no teatro, na televisão ou em qualquer lado”, acrescentou.
Na galeria de imagens (em cima) veja as capas de anos anteriores da edição anual dedicada a Hollywood.