Deco receia aumento das insolvências pessoais com o fim das moratórias

Pedidos de aconselhamento financeiro ultrapassaram os 30 mil em 2020. Famílias que pediram ajuda em Janeiro revelam queda de rendimentos médios.

Foto
Pandemia "roubou" empregos a muitos portugueses, prejudicando o pagamento de empréstimos Paulo Pimenta

O número de pedidos de ajuda que chegaram ao Gabinete de Protecção Financeira (GPF) da Deco em 2020, ano profundamente marcado pelas consequências sociais e económicas da pandemia de covid-19, ficaram ligeiramente acima dos do ano anterior: 30.100 contra 29.154 em 2019. O impacto da crise fazia prever um maior aumento de pedidos, mas a suspensão, durante vários meses, do atendimento presencial dos serviços da Deco, incluindo nas delegações a nível nacional e em serviços protocolados com as autarquias, e a sua substituição por atendimento à distância, nomeadamente por meios digitais, “pode ter contribuído para que muitos famílias, eventualmente as que mais precisam, não tenham pedido ajuda, por não terem acesso à Internet ou não dominarem as novas ferramentas digitais, ou mesmo porque tinham receio de sair de casa”, explica Natália Nunes, directora do GPF.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O número de pedidos de ajuda que chegaram ao Gabinete de Protecção Financeira (GPF) da Deco em 2020, ano profundamente marcado pelas consequências sociais e económicas da pandemia de covid-19, ficaram ligeiramente acima dos do ano anterior: 30.100 contra 29.154 em 2019. O impacto da crise fazia prever um maior aumento de pedidos, mas a suspensão, durante vários meses, do atendimento presencial dos serviços da Deco, incluindo nas delegações a nível nacional e em serviços protocolados com as autarquias, e a sua substituição por atendimento à distância, nomeadamente por meios digitais, “pode ter contribuído para que muitos famílias, eventualmente as que mais precisam, não tenham pedido ajuda, por não terem acesso à Internet ou não dominarem as novas ferramentas digitais, ou mesmo porque tinham receio de sair de casa”, explica Natália Nunes, directora do GPF.