Gérard Depardieu foi acusado de violação e agressão sexual em Dezembro
A queixa feita por uma jovem actriz de 20 anos, de cuja família o actor é amigo, era conhecida desde 2018. Gérard Depardieu contesta todos os factos que lhe são imputados.
O actor Gérard Depardieu foi acusado em Dezembro passado por “violação” e “agressão sexual”, divulgou o jornal Le Monde citando a Agência France-Press (AFP), que deu a notícia, esta terça-feira, relatada por fonte próxima do processo e confirmada por fonte judicial. Desde 2018 que se sabia da existência desta queixa, que foi na altura noticiada na imprensa francesa e também no PÚBLICO.
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O actor Gérard Depardieu foi acusado em Dezembro passado por “violação” e “agressão sexual”, divulgou o jornal Le Monde citando a Agência France-Press (AFP), que deu a notícia, esta terça-feira, relatada por fonte próxima do processo e confirmada por fonte judicial. Desde 2018 que se sabia da existência desta queixa, que foi na altura noticiada na imprensa francesa e também no PÚBLICO.
A acusação foi feita por uma jovem actriz de 20 anos, que denunciou vários actos de violação e agressão sexual em Agosto de 2018 na casa do actor francês em Paris e que, no final desse mês, fez queixa na esquadra de polícia de Lambesc (Bouches-du-Rhône, Sudeste do país). Nessa altura reportou duas violações e agressões sexuais que aconteceram a 7 e 13 de Agosto de 2018.
Hervé Témim, o advogado do actor de 72 anos, conhecido mundialmente pelos seus papéis de Cyrano de Bergerac ou de Jean Valjean, em Os Miseráveis, lamentou que esta informação tenha sido tornada pública. Gérard Depardieu, que se estreou em 1974 num filme de Bertrand Blier e recebeu o seu primeiro César de Melhor Actor por um filme de François Truffaut em 1980, foi deixado em liberdade e sem controlo judicial e “contesta totalmente os factos que lhe são imputados”, escreve o Le Monde.
O diário francês Libération explica que judicialmente esta acusação significa que existem indícios graves contra o actor que em 2013 recebeu a cidadania russa pelo Presidente Vladimir Putin.
“Não há nada de profissional neste caso”, disse uma fonte conhecedora do processo à AFP, que confirma que Gérard Depardieu é amigo da família da vítima. A advogada Elodie Tuaillon-Hibon pediu à imprensa que seja preservada a privacidade e intimidade da sua cliente.
Em Junho de 2019, o Ministério Publico francês encerrou a investigação preliminar, defendendo que esta “não permitiu caracterizar as infracções denunciadas em todos os seus elementos constitutivos”. Sabe-se também que houve uma acareação entre o actor e a actriz na polícia judiciária parisiense. Mas, mais tarde, a vítima apresentou recurso e, em Agosto de 2020, foi reaberto o processo por um juiz de instrução. Acrescenta o Le Monde que Gérard Depardieu, com este novo estatuto jurídico, poderá agora ter oportunidade de se defender activamente durante o processo, mas por outro lado também pode representar uma ameaça de um possível julgamento contra ele.