Covid-19: FNE pede que regresso às aulas seja prudente e com reforço de medidas

Distanciamento físico entre alunos, salas de aula com lotação reduzida e a realização frequente de testes rápidos de antigénio entre algumas das medidas pedidas pela FNE

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Loures, Portugal Daniel Rocha

A Federação Nacional da Educação (FNE) pediu esta segunda-feira que o regresso às aulas aconteça apenas quando as autoridades de saúde o aconselharem e de forma prudente, com um reforço de medidas contra a pandemia da covid-19.

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A Federação Nacional da Educação (FNE) pediu esta segunda-feira que o regresso às aulas aconteça apenas quando as autoridades de saúde o aconselharem e de forma prudente, com um reforço de medidas contra a pandemia da covid-19.

“A FNE sublinha a necessidade de se evitarem medidas temerárias, que alguns apressadamente estão a exigir, e que acabem por desencadear um novo pico de infecções de covid-19, provocar um novo encerramento das escolas e anular todos os resultados que à evidência se estão a conseguir no período de confinamento que actualmente decorre”, escreve a estrutura sindical em comunicado.

Para os representantes dos trabalhadores docentes e não docentes das escolas, o regresso às aulas presenciais é desejável, mas a decisão de reabrir as escolas deve depender do parecer das autoridades científicas. Esse regresso, continuam, tem de ser “feito com prudência e sem precipitação” e com o reforço de medidas de segurança sanitária.

Particularmente preocupada com as novas variantes do SARS-CoV-2, a FNE defende a necessidade de rever as orientações do Ministério da Educação e da Direcção-Geral da Saúde que guiaram a preparação do ano lectivo, argumentando que essas já não são suficientes.

Em concreto, a estrutura sindical refere o distanciamento físico em contexto escolar, o número de alunos por sala de aula e a realização sistemática de testes rápidos de antigénio. A FNE vai mais longe e defende também que os docentes e não docentes sejam prioritários na vacinação contra a covid-19.

“Esta é uma medida que não só contribuirá para garantir maior protecção a todos os trabalhadores das escolas, como ainda reduzirá o risco de novas interrupções das actividades lectivas presenciais nos próximos meses”, referem.