No dia das eleições presidenciais, um apoiante do candidato de extrema-direita queixava-se nas redes sociais de que na escola onde tinha ido votar estava patente uma exposição sobre o Holocausto, o que, segundo ele, teria como intenção prejudicar o seu candidato. A reação imediata de muita gente foi de risada com tal auto-golo: se alguém expressa temor de que uma referência ao nazismo possa prejudicar o seu candidato é porque está a admitir implicitamente que a carapuça lhe poderia servir. Mas havia outra reação possível: de alarme. Porque a velocidade com que o caricatural passa a normal é, nos tempos que correm, cada vez maior. E, assim sendo, não haveria de passar muito tempo até que a menção ao nazismo nas escolas começasse a criar desconforto político a outra escala.
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No dia das eleições presidenciais, um apoiante do candidato de extrema-direita queixava-se nas redes sociais de que na escola onde tinha ido votar estava patente uma exposição sobre o Holocausto, o que, segundo ele, teria como intenção prejudicar o seu candidato. A reação imediata de muita gente foi de risada com tal auto-golo: se alguém expressa temor de que uma referência ao nazismo possa prejudicar o seu candidato é porque está a admitir implicitamente que a carapuça lhe poderia servir. Mas havia outra reação possível: de alarme. Porque a velocidade com que o caricatural passa a normal é, nos tempos que correm, cada vez maior. E, assim sendo, não haveria de passar muito tempo até que a menção ao nazismo nas escolas começasse a criar desconforto político a outra escala.