Trump ataca McConnell tentando ganhar apoio entre republicanos divididos
Ex-Presidente aponta críticas ao líder da minoria republicana no Senado: “Com líderes com Mitch McConnell o partido republicano não vai poder voltar a ser respeitado ou forte”, disse Trump.
Donald Trump, laçou um forte ataque contra o seu antigo aliado e actual líder da minoria republicana no Senado, Mitch McConnell, expondo ainda mais a divisão no partido, que perdeu não só a presidência em Novembro, como o controlo do Senado com a votação na Georgia no mês passado.
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Donald Trump, laçou um forte ataque contra o seu antigo aliado e actual líder da minoria republicana no Senado, Mitch McConnell, expondo ainda mais a divisão no partido, que perdeu não só a presidência em Novembro, como o controlo do Senado com a votação na Georgia no mês passado.
“O Partido Republicano nunca mais vai ser respeitado, ou forte, com ‘líderes’ políticos como o senador Mitch McConnell ao leme”, disse Trump numa declaração escrita publicada por um comité de acção política chamado Save America PAC.
Chamando a McConnell “taciturno”, Trump acrescentou que “se os senadores republicanos o seguirem, não vão voltar a ganhar”.
McConnell reconheceu a vitória do democrata Joe Biden em Dezembro, deixando Trump, que insistia que ele é que tinha vencido, furioso. Os dois não falam desde então.
No processo contra Trump no Senado por “incitamento a insurreição” pela invasão no Capitólio a 6 de Janeiro, Trump não foi condenado mas houve sete senadores republicanos votaram contra ele. McConnell votou a favor de Trump (por considerar que o processo de destituição só deve ser feito contra Presidentes em exercício), mas declarou, no sábado, que o então Presidente foi “responsável, na prática e moralmente”, pelo ataque dos seus apoiantes ao edifício do Congresso.
McConnell e Trump representam caminhos diferentes para o partido, que vai tentar recuperar as perdas e voltar a ganhar o controlo do Congresso em 2022: McConnell defende o regresso às raízes do partido, especialmente na política económica, e Trump é a cara da abordagem mais populista.
Numa entrevista esta segunda-feira ao Wall Street Journal, McConnell disse que considera “tentar agir para fazer a diferença nas primárias” em 2022. Nessa altura, apoiaria republicanos de todos os quadrantes, disse. “O que me interessa é a capacidade de serem eleitos.”
Na sua declaração esta terça-feira, Trump também disse que se envolveria na campanha: “quando for necessário e apropriado, apoiarei rivais nas primárias que defendam tornar a América grandiosa de novo e a nossa política de América Primeiro”.
Trump tem comunicado apenas por declarações escritas desde que saiu da Casa Branca, e depois do resultado do julgamento no sábado, disse que o movimento que começou após a sua eleição em 2016 ainda “só está a começar”.
Uma sondagem Morning Consult/Politico divulgada na terça-feira dizia que 54% dos republicanos consideravam apoiar Trump numa hipotética primária para as presidenciais de 2024.