Na Skoda, Adriano Miranda encontra a história da família e a do mundo no século XX
Esta é a história de uma paixão por uma marca que começa e termina no amor por um avô - comunista. “Não ando a ler as obras escolhidas de Lenine, mas os carros contam muito”. O sonho é fazer um museu da Skoda na casa do avô. Onde tudo começou.
A imagem é insólita: para lá do muro baixo na fiada de casas geminadas, para lá das portas envidraçadas, automóveis. Um verde-água, dois vermelhos. Estão na sala da casa de Adriano Miranda [fotojornalista do PÚBLICO] - ele não abdicou da sala para a família, construiu foi outra. “Pensei em vender a casa”, confessa, “mas um primo arquitecto resolveu-me o problema”. O rés-do-chão da casa nos arredores de Aveiro foi refeito para acolher condignamente os big three, chamemos-lhes assim, da Skoda nos anos de 1960 - a marca de automóveis da vida de Adriano. Não é exagero: desde que nasceu, pelo menos um Skoda o acompanhou sempre. É um dos vermelhos, “vermelho toureiro” nome oficial, o Octavia Combi, “furgoneta”, como é designado no catálogo da época, “em português, vinham já traduzidos da Checoslováquia”, que Adriano nos mostra. Foi o carro do avô, que dias antes de morrer dissera: “O carro fica para o rapaz.” É uma paixão - e “tem uma raiz sentimental e política”. “Mistura os automóveis e a família, a educação e a história do século XX.”
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A imagem é insólita: para lá do muro baixo na fiada de casas geminadas, para lá das portas envidraçadas, automóveis. Um verde-água, dois vermelhos. Estão na sala da casa de Adriano Miranda [fotojornalista do PÚBLICO] - ele não abdicou da sala para a família, construiu foi outra. “Pensei em vender a casa”, confessa, “mas um primo arquitecto resolveu-me o problema”. O rés-do-chão da casa nos arredores de Aveiro foi refeito para acolher condignamente os big three, chamemos-lhes assim, da Skoda nos anos de 1960 - a marca de automóveis da vida de Adriano. Não é exagero: desde que nasceu, pelo menos um Skoda o acompanhou sempre. É um dos vermelhos, “vermelho toureiro” nome oficial, o Octavia Combi, “furgoneta”, como é designado no catálogo da época, “em português, vinham já traduzidos da Checoslováquia”, que Adriano nos mostra. Foi o carro do avô, que dias antes de morrer dissera: “O carro fica para o rapaz.” É uma paixão - e “tem uma raiz sentimental e política”. “Mistura os automóveis e a família, a educação e a história do século XX.”