Catarina Martins quer manter as distâncias face ao PS e afirmar o Bloco nas autárquicas
O partido assume uma ambição clara de aumentar e rejuvenescer a sua representatividade já nas eleições locais. A reunião magna está marcada para Maio e a moção que a actual direcção irá levar à XII convenção do partido já começou a ser distribuída.
Ao longo de uma dúzia de pontos estratégicos, distribuídos por sete páginas A4, a direcção bloquista liderada por Catarina Martins irá apresentar o Bloco de Esquerda como a “alternativa socialista” à esquerda, ainda que queira manter “a rebeldia” do partido. O compromisso é assumido no rascunho da moção estratégica que levará à XII Convenção Nacional do Bloco de Esquerda, agendada para 22 e 23 de Maio. Para o Bloco, a política do PS tem como base uma “estratégia de provocação e de ensaio de crise política”, que chega já da anterior legislatura e perante a qual o partido não está disposto a ceder, distinguindo-se até dos demais partidos à esquerda. O texto prossegue em acusar “a política de débeis paliativos” do PS se estar “confortada à direita pelo apoio do Presidente da República e legitimada à esquerda pelo PCP e pelo PAN” ― uma narrativa muito diferente da moção apresentada em 2018 e que reconhecia no PCP “um elevado grau de coincidência de posições”.
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Ao longo de uma dúzia de pontos estratégicos, distribuídos por sete páginas A4, a direcção bloquista liderada por Catarina Martins irá apresentar o Bloco de Esquerda como a “alternativa socialista” à esquerda, ainda que queira manter “a rebeldia” do partido. O compromisso é assumido no rascunho da moção estratégica que levará à XII Convenção Nacional do Bloco de Esquerda, agendada para 22 e 23 de Maio. Para o Bloco, a política do PS tem como base uma “estratégia de provocação e de ensaio de crise política”, que chega já da anterior legislatura e perante a qual o partido não está disposto a ceder, distinguindo-se até dos demais partidos à esquerda. O texto prossegue em acusar “a política de débeis paliativos” do PS se estar “confortada à direita pelo apoio do Presidente da República e legitimada à esquerda pelo PCP e pelo PAN” ― uma narrativa muito diferente da moção apresentada em 2018 e que reconhecia no PCP “um elevado grau de coincidência de posições”.