Escolaridade do ensino superior entre os 30 e 34 anos registou máximo em 2020
Portugal ultrapassa pela primeira vez a meta europeia. Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior classifica o valor como um “claro reforço da qualificação da população” portuguesa.
Portugal ultrapassou a meta europeia para a taxa de escolaridade do ensino superior entre os 30 e os 34 anos, registando 43% no último trimestre de 2020, o valor mais alto de sempre.
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Portugal ultrapassou a meta europeia para a taxa de escolaridade do ensino superior entre os 30 e os 34 anos, registando 43% no último trimestre de 2020, o valor mais alto de sempre.
De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), divulgados pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES) em comunicado, os 43% alcançados nos últimos quatro meses de 2020 são o valor mais alto de sempre. Portugal ultrapassou, assim, pela primeira vez a meta europeia de que definia uma taxa de escolaridade do ensino superior da população residente entre os 30 e os 34 anos de 40% até 2020.
“Este resultado confirma o claro reforço da qualificação da população residente em Portugal nos últimos anos, em associação com a prioridade política conferida ao alargamento efectivo da base social de apoio ao conhecimento e ao ensino superior”, escreve o gabinete do ministro.
Na última década, Portugal conseguiu aumentar em 16 pontos percentuais o valor deste indicador e em comparação com 2019 cresceu quatro pontos percentuais.
No mesmo comunicado, a tutela congratula-se com os resultados positivos, destacando medidas como a celebração dos “contratos de legislatura” em 2016 e em 2019 “que possibilitaram aumentar o apoio continuado às instituições de ensino superior”.
O MCTES denota ainda o reforço do apoio social e das condições para alojamento dos estudantes, a redução efectiva da despesa das famílias e, no âmbito da ciência, o reforço da cultura científica da população e a diversificação das formas de ensino, investigação e inovação.
“O caminho percorrido deve-nos orgulhar e deve ser continuado e reforçado”, considera o Governo, apesar de reconhecer a persistência de desigualdades no acesso ao ensino superior.
Referindo outras medidas de reforço do ensino superior e da ciência, o ministério escreve ainda que o processo de qualificação da população é “absolutamente crítico em termos dos principais desafios e oportunidades que, no actual contexto de Portugal na Europa, se colocam aos portugueses na próxima década”.